O consumo médio de oxigênio medicinal no Amazonas apresentou nova redução, nos primeiros dias de março, chegando à marca de 64,3 mil metros cúbicos/dia, nas unidades de saúde das redes pública e privada.
O dado é do Comitê Estadual de Enfrentamento da Covid-19 e representa uma queda de 22,6% no comparativo com o maior pico de consumo registrado neste ano, de 83 mil metros cúbicos/dia. À época, o aumento no consumo foi influenciado pela alta demanda de internações de pacientes acometidos pelo novo coronavírus.
O consumo médio diário considerado pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-AM), durante o primeiro pico da pandemia, ficava entre 20 mil e 30 mil metros cúbicos. O aumente exponencial registrado em janeiro gerou escassez do produto, no início deste ano, e foi potencializado pelo surgimento da nova variante brasileira do coronavírus, denominada P.1, que já representa a maioria dos casos sequenciados pela Fiocruz Amazônia, com o apoio da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) e do Laboratório Central do Amazonas (Lacen).
O equilíbrio entre demanda e consumo ocorreu a partir da adoção de uma série de ações, desenvolvidas através de cooperação entre os Governos do Estado e Federal – este último, com o apoio dos Ministérios da Saúde e da Defesa. Entre elas, estão a remoção de pacientes com quadros moderados de Covid-19 para outras unidades federativas, o transporte de O2 de outros estados e até do País vizinho, para o Amazonas, além da implantação de miniusinas geradoras independentes de oxigênio que reforçaram a produção.
Segundo o titular da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra), Carlos Henrique Lima, 38 equipamentos já estão operando no Amazonas, abrangendo 17 cidades, incluindo a capital. Juntas, as miniusinas produzem, diariamente, 19,2 mil metros cúbicos de O2, o equivalente a quase 30% da demanda diária pelo insumo.
Serão 75 ao todo, sendo 29 delas, adquiridas pelo Governo do Amazonas, através da SES-AM, e que darão início ao processo de autossuficiência de localidades do interior, que hoje são abastecidas por cilindros, dependentes de uma logística complexa, que envolve os modais aéreo, terrestre e fluvial.
Nesta sexta-feira (05), duas usinas começaram a operar, uma delas em Parintins – segundo município mais populoso do Amazonas, e que já conta com três aparelhos do tipo – e outra em Carauari. Os municípios estão localizados a 466 e a 789 quilômetros da capital, Manaus, respectivamente.
Os equipamentos foram montados pela equipe da Seinfra, com a supervisão de técnicos das fabricantes dos equipamentos. No caso de Parintins, a usina foi providenciada pela Prefeitura Municipal. Já Carauari, recebeu o equipamento através de doação do Hospital Sírio Libanês e da Fundação Itaú.
Usinas em operação atualmente
Hospital Adventista 2
HUGV 1
Delphina Aziz 2
Francisca Mendes 1
João Lúcio 1
Icam 1
Maternidade Azilda Marreiros 1
Hosp. De Campanha Manacapuru 1
UPA Tabatinga 1
Hospital de Tefé 1
Fundação Cecon 1
Fundação de Medicina Tropical 1
Hospital de Itacoatiara 2
UPA de Itacoatiara 1
Hospital de Alvarães 1
HPS 28 de Agosto 1
Hospital de Parintins 3
Hospital de Maués 2
SPA Redenção 1
Hospital Nilton Lins 1
HPS Platão Araújo 1
Hospital de Coari 1
Hospital de Humaitá 1
Hospital de Careiro 1
Hospital de Autazes 1
Hospital de Nova Olinda do Norte 1
Beneficente Portuguesa 1
Hospital Geraldo Rocha 1
Hospital de Eirunepé 1
Hospital de Barcelos 1
Hospital de Lábrea 1
Hospital de Carauari 1