Instalação de geradores permite a abertura de novos leitos e reforça a oferta de gás hospitalar; a meta é chegar a mais de 60 funcionando em todo o estado

O Amazonas passou a contar nesta terça-feira (2) com mais dois geradores de oxigênio no Hospital Nilton Lins e no Instituto da Criança do Amazonas (Icam), respectivamente.
Desde o início do segundo pico da pandemia no estado, as usinas tem sido instaladas nas unidades de saúde com capacidade para atender em média mais de 50 leitos e ajudar a reforçar o atendimento do consumo diário atual de 80 mil m3 na cidade.
Atualmente, 18 das 64 usinas que devem ser instaladas em Manaus e no interior do Amazonas, já estão funcionando e o restante em fase de aquisição. No Hospital Nilton Lins, a capacidade de produção é de 30 metros cúbicos por hora, suficiente para atender 70 leitos.
Nesta terça-feira (2), teve início a instalação de mais uma usina, no Hospital Platão Araújo, também com capacidade de 30 metros cúbicos por hora. Já está em andamento a implantação de outra, no município de Tabatinga, região do Alto Solimões com capacidade para 26 metros cúbicos por hora.
As usinas serão destinadas a 23 municípios e atenderão 56 hospitais e unidades de saúde. Todas as usinas estão em funcionamento ou em fase final de implantação.
“As usinas estão sendo montadas em tempo recorde de até cinco dias após a entrega, o que permitirá, por exemplo, a abertura de novos leitos pela Secretaria de Estado da Saúde, ampliando a oferta de tratamento especializado contra a Covid-19 na rede”, disse o governador Wilson Lima.
Trinta estão em fase final de aquisição pelo governo do Amazonas. As demais foram doadas pelo Ministério da Saúde (MS), Hospital Sírio Libanês, Fundação Itaú, SOS Amazonas e União BR. Uma parte também foi adquirida pelas prefeituras municipais, empresa White Martins, Hospital do Amor da Amazônia e UNFPA, além de aquisições particulares.
Cerca de 23 municípios do Amazonas e a capital receberão os equipamentos cpm o objetivo de dar autossuficiência de oxigênio no interior, que hoje é abastecido, em grande parte, por cilindros. As localidades mais populosas, como Manacapuru e Itacoatiara, tiveram os tanques de oxigênio (O2) substituídos por estruturas de maior capacidade.
Também nesta terça-feira (2), chega a Manaus uma usina da fornecedora de gases medicinais White Martins, que substituirá o aparelho existente no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), hospital-escola Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Com ela, será iniciado o processo de abertura de mais 70 leitos clínicos na unidade hospitalar, ampliando a oferta de tratamento especializado a pacientes acometidos pela Covid-19.
O Amazonas tem ampliado leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 desde o início da pandemiaa, além de aumentar o número de equipamentos e recursos humanos, com apoio do governo federal.
Desde que colocou em prática o Plano de Contingência para o Recrudescimento da Covid-19, entre o fim de outubro e início de novembro, o Amazonas ampliou em 155% o número de leitos exclusivos de Covid.
Os mais recentes são os 30 leitos do Hospital Nilton Lins e 57 da Enfermaria de Campanha, instalada no Hospital Delphina Aziz, que entraram em operação nesta última semana de janeiro.
O Estado possui estrutura para abrir novos leitos, mas depende da solução definitiva para o oxigênio e também de recursos humanos, que apresentam escassez em todo o país.