
Manaus e Porto Velho (RO) são as primeiras cidades do mundo a utilizar a tafenoquina para tratamento de malária vivax. A medicação é supervisionada pelo governo amazonense na sua segunda etapa da implementação. Ela reduz o tratamento tradicional de 7 a 14 dias para apenas três.
A iniciativa é do Ministério da Saúde e, no Amazonas, a ação é integrada entre Secretaria de Saúde (SES-AM), Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas – Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), Fundação de Medicina Tropical – Heitor Vieira Dourado (FMT-HVD) e Secretaria Municipal de Saúde de Manaus (Semsa).
O uso da tafenoquina é feita em maiores de 16 anos. O Plasmodium vivax se aloja por mais tempo no fígado humano, dificultando a eliminação.
“Associados ao uso da cloroquina, o uso da tafenoquina pode fortalecer a ideia de eliminação da malária vivax no Amazonas, conforme acordado nas propostas da Organização Mundial da Saúde”, diz a diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim.
A segunda etapa da implementação do uso da tafenoquina inclui 13 unidades laboratoriais dos Distritos de Saúde da Semsa localizadas na Zona Rural de Manaus. Nessas unidades, além da utilização do medicamento, estão sendo realizado teste de G6PD (que mede a quantidade de glicose-6-fosfato desidrogenase) e identifica pacientes aptos ao tratamento com a tafenoquina.
Iniciativa
Manaus e Porto Velho são as duas únicas cidades brasileiras selecionadas pelo Ministério da Saúde para participar do estudo sobre o uso da tafenoquina. A decisão de distribuição do medicamento para outros municípios depende de determinação posterior do Governo Federal.
Cenário
Em 2022, até esta terça-feira (15), foram registrados 3.939 casos de malária no Amazonas, sendo concentrados em São Gabriel da Cachoeira (787), Barcelos (416), Manaus (365), Guajará (221) e Coari (211). Em 2021, foram registrados 57.194 casos da doença. Em 2020, foram 58.907 casos.