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Amazon reúne-se com Wilson Lima para traçar investimentos a AM

O governador do Amazonas, Wilson Lima (União Brasil), afirmou nesta terça-feira (5), na 28ª Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas (COP28), que a multinacional Amazon atendeu ao pedido dele e agendou duas reuniões para discutir “investimentos socioambientais” no Estado.

Os encontros estão previstos para acontecer em até dois meses.

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O encontro com promessa de investimento ocorreu cinco dias após Wilson Lima afirmar a jornalistas que a empresa deveria compensar o Amazonas pelo uso do termo na internet. Em 2019, após sete anos de disputas, a Corporação da Internet para Designação de Nomes e Números (Icann – na sigla em inglês) deu prazo final para que a Amazon e os governos de oito países sul-americanos com o bioma amazônico chegassem a um acordo sobre como usar a expressão “amazon”.

O governador foi recebido nesta terça, por representantes do “Bezos Earth Fund“, criado pelo bilionário Jeff Bezos, fundador da empresa. No fim de semana, o fundo filantrópico já havia anunciado o aporte de US$ 16,3 milhões (cerca de R$ 80,2 milhões) no combate ao desmatamento na Amazônia Legal.

O governador do Amazonas questionou a empresa, na semana passada, pelo uso do termo que, em português, significa “Amazônia”, no último dia 30 de novembro.

“A Amazon atendeu ao pedido do Amazonas. Ainda há pouco, nós fomos recebidos por dois representantes do fundo criado pelo bilionário Jeff Bezos, que é o dono da empresa. Ele já havia anunciado alguns investimentos para a Amazônia e, a partir de agora, a gente começa a discutir investimentos socioambientais especificamente para o Estado do Amazonas“, disse Lima.

O governador completou que a conversa está prevista para o início de 2024. “Ficaram pré-agendadas reuniões para janeiro, nos Estados Unidos, e uma outra para fevereiro, no Estado do Amazonas. Agora, se a gente não puder ter o apoio de uma empresa como a Amazon, que leva o nome do nosso Estado, da nossa região e do maior rio, a gente vai ter apoio de que empresa?“, declarou.


No dia 30 de novembro, o governador Wilson Lima disse, em entrevista a jornalistas, que a empresa americana deveria compensar o Estado pelo uso da palavra em inglês. A declaração do governador ficou entre os assuntos mais comentados da internet. Três dias depois, o fundo filantrópico de Bezos anunciou o investimento destinado para apoiar os “planos inovadores do Estado do Pará”.

O investimento visa zerar o desmatamento ilegal nos próximos três anos, a fim de criar “o maior sistema de rastreabilidade animal do mundo“, conforme prevê a gigante americana. “A Amazon usa o nome do Amazonas, usa o nome da Amazônia. Quanto é que a gente ganha por isso? A gente quer saber. Esse é um dos questionamentos que a gente vai fazer lá na COP”, declarou. 

Ao todo, os recursos destinados pela Bezos Earth Fund somam US$ 57 milhões a projetos ligados ao futuro da alimentação e do meio ambiente. Além disso, outros US$ 850 milhões serão investidos até 2030 no apoio à implementação da agenda global emergente sobre sistemas alimentares e clima.

Perfomance global


A escolha do nome “Amazon” para a gigante do comércio eletrônico não foi aleatória. Criada em 1994 como uma livraria on-line, na garagem de Jeff Bezos, a empresa, inicialmente, chamava-se “Cadabra”, mas uma preocupação com possíveis associações negativas levou a uma mudança.

Segundo informações publicadas no site da Amazon, Bezos, estrategicamente, escolheu o termo em referência ao Rio Amazonas, o maior do mundo e localizado na região amazônica, expressão que estava em alta na década de 1990, em meio à realização da ECO-92, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Conferência do Rio ou Cúpula da Terra, evento das Nações Unidas realizado no Rio de Janeiro de 3 a 14 de junho de 1992. 

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