Cilindros enviados fazem parte da ‘Operação Gratidão’, que retribui o auxílio prestados pela unidades da federação que ajudaram Amazonas durante o pico da pandemia no início deste ano
O Amazonas está se preparando para enviar cilindros de oxigênio para estados que correm o risco de desabastecimento devido ao aumento das internações por conta da pandemia do coronavírus. O primeiro a pedir ajuda foi o Paraná. A Secretaria Estadual de Saúde (SES-AM) vai enviar 200 cilindros de 10 metros cúbicos.
As balas de oxigênio que serão enviadas são sobras de doações recebidas durante a pior fase da pandemia no estado, em janeiro. O Núcleo de Modernização da Infraestrutura da Saúde (Infrasaúde) da SES-AM está à frente da operação.
Segundo a SES-AM, inicialmente, serão enviados cilindros que estão no hospital Platão Araújo e no Serviço de Pronto Atendimento (SPA) Joventina Dias. Eles serão abastecidos e tansportados via aérea – em avião da FAB ou voos comerciais.
“A Operação Gratidão vai fornecer 200 cilindros de oxigênio para o Paraná, mas também já recebemos pacientes do Acre e Rondônia, 12 de UTI e 18 leves e moderados”, explicou secretário-executivo de assistência da capital, Jani Kenta Iwata.
No total, serão enviadas 200 unidades – atualmente 100 estão disponíveis. As unidades de saúde que disponibilizaram cilindros foram: o hospital Platão Araújo (27 unidades), SPA Joventina Dias (20), SPA Coroado (20), Instituto da Criança do Amazonas (13), a Gerência de Patrimônio (Gepat) da SES-AM (12), o hospital 28 de Agosto (4) e a Fundação de Medicina Tropical Dr. Heitor Vieira Dourado (4).
“Iniciamos pelo Platão Araújo, e em seguida para as demais unidades de saúde recolhendo os cilindros, recebidos por doação e que temos condições de doar ao Paraná”, comentou Itawa.
Operação Gratidão
Iniciada na última terça-feira (16), a “Operação Gratidão” é uma forma de o estado devolver a solidariedade recebida. O Amazonas começou a receber pacientes de Rondônia. O estado disponibilizou 12 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 18 leitos clínicos para Rondônia e Acre.
A “Operação Gratidão” envolve outras ações, como o compartilhamento dos protocolos de remoção de pacientes desenvolvidos pelas equipes da SES-AM e do Governo Federal na operação, que transferiu 542 pacientes com Covid-19 para outros estados.
Oxigenio
O Amazonas hoje consome 25 mil metros cúbicos de oxigênio. Antes da pandemia eram 15 mil m³. Na fase mais crítica da crise do coronavírus, o estado atingiu a marca de 83 mil m³. Atualmente, o estado possui 40 unsinas geradoras de gás instaladas na sua rede hospitalar, algumas delas já foram inclusive desativadas por conta da estabilidade da demanda. Juntas, elas produzem mais oxigênio que todo o estado necessitava antes da Covid-19.