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Amazonas exporta teleaulas para quatro estados durante a covid-19

Estados recorreram ao Amazonas para disponibilizar aulas à distância via internet para alunos da rede pública, enquanto durar a pandemia do novo coronavírus

O Amazonas celebrou convênio, gratuitamente, com o Distrito Federal e os estados do Espírito Santo, Sergipe e São Paulo para o ensino à distância para estudantes das escolas públicas das redes municipais por meio de teleaulas do programa Aula em Casa . Os conteúdos são transmitidos de Manaus pelo regime especial de aulas não presenciais do Centro de Mídias da Secretaria de Educação (Seduc), via TV Encontro das Águas (ex-Tv Cultura) e Internet.

O Distrito Federal e os estados brasileiros recorreram ao Amazonas para disponibilizar teleaulas aos estudantes da educação básica durante o isolamento de combate ao coronavírus. O estado da região Norte possui experiência de 10 anos devido as longas distâncias entre os seus municípios, alguns com mais de 1.000 km distantes da capital Manaus.

“O que os outros estados estão correndo para fazer e atender emergencialmente as suas escolas, nós já temos muito bem estruturado há tempos. Nós temos sete estúdios, uma equipe técnica de mais de 100 professores especializados e formados para desenvolver e dar aulas motivadoras nesse formato”, diz o secretário de educação do Amazonas, Luis Fabian, em entrevista para o jornal Folha de São Paulo esta semana.

Segundo ele, apesar de não ser possível garantir o acompanhamento de todos os alunos, no Amazonas o conteúdo transmitido pela televisão será contabilizado para o cálculo das 800 horas letivas anuais obrigatórias por lei. “Quando voltarmos à normalidade, o professor vai fazer a verificação da aprendizagem nesse período. Vamos usar várias estratégias para essa checagem, não apenas avaliação do aluno. Assim, identificamos os casos que vão precisar de reforço escolar.”

Na reportagem do jornal paulista, os secretários dos estados que importaram o conteúdo amazonense afirmam que as teleaulas, ao menos inicialmente, não vão entrar no cálculo das 800 horas letivas. “Ainda não sabemos quanto tempo o isolamento pode durar e como os alunos vão se adaptar ao novo modelo de ensino. Vamos avaliar nas próximas semanas e depois decidir”, disse para a Folha o secretário de Educação do Espirito Santos, Vitor de Angelo.

Os secretários afirmam, ainda segundo a matéria, que a análise sobre o acompanhamento e rendimento dos alunos poderá ser feita pela audiência dos canais de transmissão e por aplicativos de celular. Os estados desenvolveram plataformas em que os alunos podem tirar dúvidas sobre os conteúdos das aulas e fazer exercícios.

“Reconheço que não é uma solução universal, nem todos os alunos vão ter acesso mesmo pela televisão. Mas eu não posso deixar todos os estudantes sem ao menos uma opção de atividade escolar. Não propor nada nesse momento é mais grave”, disse Angelo. Para ele, a interrupção do vínculo com o ensino pode favorecer o abandono escolar quando o isolamento terminar.

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