Levantamento exclusivo feito pela Climatempo, com dados da rede de sensores de Earth Networks mostrou que em janeiro de 2022, a maior quantidade de descargas elétricas atmosféricas sobre o Brasil ocorreu sobre o estado de Minas Gerais, mas a maior quantidade de raios, que são das descargas elétricas atmosféricas que chegam ao solo, ocorreu sobre o estado do Amazonas
O mapa mostra a quantidade total de descargas elétricas atmosféricas que ocorreram sobre o Brasil em janeiro de 2022, que são as descargas que ocorreram somente entre as nuvens somadas com aquelas que chegaram ao solo. Os raios são as descargas elétricas atmosféricas que chegaram ao solo
No total, o Brasil teve 13.212.202 milhões de descargas elétricas atmosféricas em janeiro de 2022, sendo que 3.619.988 milhões destas descargas foram raios. Os demais 9.592.214 milhões de descargas elétricas atmosféricas ocorreram entre as nuvens.
A medição por estado mostrou que a maior atividade elétrica geral em janeiro de 2022 ocorreu sobre Minas Gerais, mas a maior quantidade de raios foi sobre o Amazonas. Sozinho, o Amazonas ficou com 85% dos raios do país em janeiro de 2022, Mato Grosso teve 43% dos raios e Minas Gerais, 16%. Mato Grosso do Sul teve 26% dos raios do Brasil em janeiro de 2022 e São Paulo teve 16%.
Atividade elétrica total sobre o Brasil em janeiro de 2022
Campanha de conscientização sobre o perigo dos raios
Raios podem ocorrer em todas as estações do ano sobre o Brasil, mas a maior quantidade de raios é durante o verão, período no qual predomina o ar quente e úmido sobre o país. Estes são os ingredientes básicos para a formação das grandes nuvens cumulonimbus que geram os raios, trovões, muita chuva, granizo e intensas rajadas de vento.
Todos os anos ocorrem mortes por raios no Brasil. Mas além de mortes de humanos e de animais, raios causam incêndios e podem ser responsáveis por grandes prejuízos materiais.
Para ajudar a aumentar a conscientização sobre o perigo dos raios, está sendo feita uma pesquisa para saber o quanto as pessoas leigas sabem sobre raios. Confira a entrevista com o engenheiro Hélio Eiji Sueta, que é chefe adjunto da divisão de planejamento, análise e desenvolvimento do Instituto de Energia e Ambiente, da universidade de São Paulo, e também secretário da comissão de proteção contra descargas atmosféricas na ABTN, que é a Associação Brasileira de Normas Técnicas