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Amazonas lidera violência contra jornalistas no Norte; aponta Fenaj

O Amazonas registrou o maior número de casos de violência contra jornalistas na Região Norte em 2024. Das oito ocorrências, seis envolveram políticos, servidores públicos, assessores e apoiadores.

A informação faz parte do relatório anual da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), divulgado nesta terça-feira (20). No total, a região teve 22 casos, superando os 19 registrados no ano anterior.

Após o Amazonas, aparecem o Pará (6 casos), Tocantins (3), Acre (2), Rondônia (2) e Roraima (1). O Amapá não teve registros, mas a Fenaj não descarta subnotificações.

Apesar de uma queda geral no país, com 144 agressões em 2024 contra 181 em 2023 — uma redução de 20,4% —, a Fenaj considera o cenário ainda preocupante.

Entre os tipos de agressão no país, destaca-se o aumento de ações judiciais abusivas — o chamado assédio judicial — que representaram quase 16% dos casos, muitas vezes promovidas por políticos, empresários e líderes religiosos. A censura também cresceu 120%, com 11 episódios registrados.

As agressões físicas caíram de 40 para 30, mas ainda incluem situações graves, como tentativas de homicídio. Ameaças e intimidações somaram 35 casos, número estável em relação a 2023.

O período eleitoral foi o mais violento do ano, com 38,9% dos ataques. Julho liderou como o mês mais crítico, impulsionado por discursos de ódio, especialmente de grupos de extrema direita.

O relatório também chamou atenção para a violência de gênero: 47 jornalistas mulheres foram atacadas em 2024, muitas vezes com insultos misóginos e tentativas de desqualificação profissional.

Confira na íntegra o relatório completo:

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