
O Amazonas conquistou um marco histórico ao receber o status livre de febre aftosa sem vacinação, durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial da Organização Mundial da Saúde Animal (Omsa), nesta quinta-feira (29/05), em Paris, na França.
O reconhecimento internacional concedido pela Omsa foi recebido pela comitiva do Governo do Amazonas, representado pelo secretário de Estado de Produção Rural (Sepror), Daniel Borges, e pelo diretor-presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), José Omena, acompanhados pelo presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Amazonas (Faea), Muni Lourenço.
Febre Aftosa
A febre aftosa é uma doença que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos, e a sua erradicação permite a abertura do livre comércio de animais, produtos e subprodutos, assegurando maior competitividade à agropecuária local. O reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação é o mais elevado status sanitário que um estado pode obter, quando se trata dessa doença. Além de representar economia para o produtor rural, que deixa de comprar vacina, potencializa o alcance de novos mercados para a carne brasileira, pois alguns países só compram produtos de regiões com esse status.
Para obter o reconhecimento concedido pela Omsa, o Amazonas realiza ações contínuas de monitoramento do trânsito de animais, estruturação de barreiras e escritórios, além de campanhas de imunização.
Ações contra a aftosa
Entre os anos de 2019 e 2024, a Sepror adquiriu mais de 1,9 milhão de doses de vacina contra a febre aftosa, distribuídas através dos escritórios locais do Idam, nos municípios que não possuem estabelecimentos credenciados para venda de imunizantes. Foram investidos mais de R$5,4 milhões na compra de vacinas. O acompanhamento técnico em propriedades rurais, a fiscalização e o cadastro de animais são realizados pela Adaf.