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Amazonas ocupa 27º lugar no ranking de crédito concedido; como obter empréstimos

De acordo com o Centro de Liderança Pública (CLP), em 2024, o Amazonas ocupou a 27ª posição no ranking de crédito concedido, com um índice de 0,59 em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Este dado reflete o crédito total, tanto para pessoas jurídicas quanto físicas, e destaca a participação do Amazonas abaixo da média nacional.

O saldo de crédito total, que abrange tanto pessoas físicas quanto jurídicas, mostra que o Amazonas segue atrás de outras regiões, refletindo uma menor participação do estado no crédito disponível em relação ao seu Produto Interno Bruto (PIB).

A criação ou continuação de estratégias de crédito que atendam especificamente ao mercado local, com foco na indústria e em outros setores, pode ser um passo importante para aumentar a competitividade e incentivar o crescimento sustentável na região.

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Os estados com maior volume de crédito

Os estados que se destacaram em termos de volume de crédito concedido em relação ao PIB foram Goiás, Rondônia e Mato Grosso, com os melhores índices no ranking.

Goiás ocupa a liderança com um saldo de crédito de 0,58, seguido de perto por Rondônia com 0,57, e Mato Grosso com 0,56.

Esses estados se beneficiaram de uma forte atuação do crédito no fomento ao desenvolvimento econômico local, destacando-se pelo grande volume de crédito concedido ao setor produtivo e ao mercado consumidor.

O impacto do crédito no desenvolvimento econômico regional

Quando o crédito é bem distribuído, favorecendo a indústria e a agricultura, ele se torna um importante motor de desenvolvimento.

No caso do Amazonas, o setor de duas rodas, por exemplo, é um dos maiores geradores de receita no Polo Industrial de Manaus (PIM), mas o financiamento para empresas locais e produtores ainda é restrito, o que impacta diretamente sua capacidade de expansão.

Como funciona o empréstimo

O estado do Amazonas soma 13,7 mil contratos negociados entre 21 de março e 3 de abril deste ano no novo consignado do Crédito do Trabalhador. Disponível por meio da Carteira de Trabalho Digital, o programa oferece taxas de juros mais baixas a trabalhadores com carteira assinada.

O total emprestado ultrapassa R$ 76 milhões no estado, com valor médio por empréstimo de R$ 5.512,93 e parcelas e prazo de pagamento médios de R$ 338,28 e 16 meses.

Desde 21 de março, R$ 3,3 bilhões já foram concedidos em empréstimos consignados aos trabalhadores com carteira assinada nas 27 unidades da Federação. No total, 532.743 contratos foram firmados, com um valor médio de R$ 6.209,65 por trabalhador. As parcelas médias ficaram em R$ 350,46, com prazo médio de 18 meses. Atualmente, o Brasil conta com mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada.

Medida Provisória que criou o Crédito do Trabalhador foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 12 de março, em solenidade em Brasília. Na ocasião, o presidente enfatizou que a intenção não é endividar brasileiros mas, sim, gerar oportunidades, tirar os mais vulneráveis dos juros caros, promover inclusão produtiva e gerar qualidade de vida.

Para obter o crédito, as instituições financeiras consideram fatores como tempo de trabalho, salário e as garantias oferecidas pelo trabalhador na solicitação do empréstimo.

O trabalhador pode utilizar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia, mas também tem a opção de não oferecer nenhuma garantia. Com base nesses critérios, os bancos avaliam o risco e definem a liberação do crédito. Além disso, o valor das parcelas não pode ultrapassar 35% da renda mensal do trabalhador.

Se o trabalhador decidir cancelar o empréstimo, terá um prazo de sete dias corridos, a partir do recebimento do crédito, para devolver o valor integral à instituição financeira. Além disso, a partir de 25 de abril, será possível transferir um empréstimo com juros mais altos para outro com taxas mais baixas. Caso tenha contratado o Crédito do Trabalhador e posteriormente encontre uma oferta mais vantajosa em outra instituição, poderá migrar para a nova condição.

Crédito acessível 

O programa Mais Crédito Amazonas disponibiliza linhas de financiamento com juros reduzidos e prazos flexíveis para autônomos, produtores rurais, microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas, cooperativas e associações. Os valores concedidos variam entre R$ 6 mil e R$ 1,5 milhão.

Empreendedores interessados podem solicitar crédito pelo Portal do Cliente no site da Afeam ou por meio de parceiros técnicos, como o Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal Sustentável do Amazonas (Idam), Agência de Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (ADS) e Sebrae-AM.

PL para renegociação de dívidas

Além do anúncio dos novos investimentos, o governador encaminhou um projeto de lei à Aleam que prevê descontos para a liquidação e renegociação de dívidas de clientes inadimplentes da Afeam. A medida abrange débitos contraídos entre 1999 e 2019, beneficiando pessoas físicas e jurídicas com saldo devedor de até R$ 21 mil.

A expectativa é que a iniciativa ajude a recuperar cerca de R$ 70 milhões e possibilite que empreendedores regularizem sua situação financeira para terem acesso a novos financiamentos.

Balanço e metas para 2026

Desde 2023, o governo estadual já investiu R$ 594 milhões em crédito para empreendedores da capital e do interior. Somente em 2024, foram aplicados R$ 320 milhões, beneficiando mais de 16 mil operações.

Os setores de comércio e serviços receberam aproximadamente 80% dos recursos, o equivalente a R$ 255,6 milhões. Já as operações de crédito rural atingiram a marca de R$ 50 milhões, sendo 94% desses investimentos destinados ao interior do estado.

A meta do governo do Amazonas é ultrapassar R$ 1 bilhão em crédito concedido até 2026, fortalecendo ainda mais o desenvolvimento econômico e a geração de empregos no estado.

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