Governo do Amazonas e consórcio de governadores consultam laboratórios e a China para a compra de vacinas contra Covid-19
Após a Justiça autorizar, na última quinta-feira (25), a compra pelo Amazonas de vacinas contra a Covid-19 em até 10 dias para imunizar 70% da população, o governo estadual enviou ofício a vários laboratórios solicitando a aquisição dos imunizantes.
Em operação casada com o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia, o estado enviou ofício para o Instituto Butantan e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que fabricam as vacinas CoronaVac e Oxford/AstraZeneca, respectivamente.
Os ofícios foram enviados pela Secretaria de Saúde (SES-AM) no último dia 15 sobre a disponibilidade de 1,2 milhão de vacinas contra a Covid-19, para a aquisição direta “com a maior brevidade possível”, de forma a atender à parcela da população inserida no grupo prioritário.
Assinados pelo secretário da Saúde, Marcellus Campelo, aos ofícios foram anexados à decisão da juíza da 3ª Vara da Fazenda Pública da Capital, Etelvina Garcia, que determina a apresentação de um protocolo de intenções para a compra de imunizantes em número suficiente “para atender à totalidade dos grupos prioritários, contendo, assim, a expansão do vírus letal da Covid-19 e sua variante P.1, para outros estados e pelo mundo”.
Desde janeiro deste ano, o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia enviou nove ofícios a diferentes laboratórios produtores de vacinas contra a Covid-19, e à Embaixada da China no Brasil, consultando sobre a disponibilidade de imunizantes.
O consórcio é formado por nove estados, a maioria do Nordeste, liderado pelo governador do Piauí, Wellington Dias.
Foram enviados documentos de intenção de compra para instituções e laboratórios: União Química Farmacêutica e Russian Direct Investment Fund (com foco na aquisição da Sputnik V), AstraZeneca/Oxford, Pfizer, Sinovac/BioNtech, Sinopharma, Moderna Therapeutics e Conselho Curador do Instituto Butantan.
À Embaixada da China no Brasil, o consórcio de governadores anexou a carta enviada à Sinopharm, reforçando o interesse em adquirir as vacinas, além da cópia da decisão judicial.
Resposta Fiocruz – Em resposta ao ofício do Governo do Amazonas, a Fundação Oswaldo Cruz disse que se alinha à preocupação do Estado em ampliar a imunização contra o novo coronavírus; e informou que toda a produção da instituição está integralmente destinada ao Ministério da Saúde, não sendo possível atender à demanda do Amazonas.