
O governador do Amazonas, Wilson Lima, abriu na manhã desta terça-feira (10) o Fórum Amazonense de Petróleo e Gás Natural, no auditório da Federação da Indústrias do Amazons (Fieam), em Manaus. O encontro reuniu representantes do segmento e busca uma organização dos diversos setores envolvidos na exploração, comercialização e industrialização do gás natural para viabilizar um processo econômico que seja alternativo para reduzir a dependência da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Atualmente o estado possui a maior reserva de gás natural em terra (on-shore) do país e uma produção de 14 milhões de metros cúbicos por dia. Segundo o Ministério das Minas e Energia, existe potencial para ampliar essa capacidade de extração nas regiões da Bacia do Urucú, Juruá e Silves.
“O Amazonas é o maior produtor de gás on-shore (terra), maior potencial de gás do Brasil, recordista consolidado com 14 milhões de produção por dia e com capacidade de aumentar, além de ter arrecadado R$ 585 milhões de royalties em 2021”, explica o diretor de Extração de Gás e Petróleo do Ministério das Minas e Energia, Carlos Agenor Cabral.
Para o governador Wilson Lima, alguns nós ainda precisam ser desenrolados no processo produtivo, que ganhou impulso com o decreto do Executivo estadual, aprovado pela Assembleia do Estado (Aleam), que quebrou o monopólio do gás no Amazonas.
“A Petrobrás tem de se decidir sobre Urucuú, se vai vender ou vai investir no campo para destravar. O meu grande desejo e sonho é que esse gás possa chegar nas pessoas que precisam, que qualquer um possa transformar o seu veículo para gás, embarcações, que tenhamos linhas de distribuição para prédios e condomínio e assim possamos baratear o custo e implementar a cadeia desse produto“, disse Wilson Lima durante o evento.
Ainda segundoe ele, o Estado tem feito um trabalho de interação no sentido de inovar e construir um caminho para a iniciativa privada.
“O desafio é a monetização, com o escoamento do gá de Urucú até Manaus e do campo de azulão, descoberto a há mais de 20 anos e que não tinha se mostrado viável. A Eneva fez um processo inovador, inédito no país de transporte para Roraima e hoje é uma realidade com a monetização do gás. A quebra do monopólio abriu para que outras empresas pudessem vir. O Amazonas está entre os cinco maiores estados brasileiros que tem uma regulamentação de petróleo e gás”.
O governador sinalizou ainda que a sua gestão trabalha para a concretização da exploração do potássio, o que deve acontecer em breve. “É necessário investir em novas matrizes”.
Já o presidente da Comissão de Goediversidade, Recuros Hídricos e Gás e Energia e Saneamento da Aleam, deputado Sinésio Campos, disse que hoje realiza um sonho pessoal de 20 anos com a consolidação do Fórum.
“Temos o segundo polo naval do Brasil, temos o grande potencial de potássio com mais de 400 km de uma lage que passa por dez municípios e vejo esse Fórum vislumbrar esse potencial com uma mineração politicamente correta, sem degradação ambiental”, afirmou.
O parlamentar enfatizou a quebra do monopólio do gás, enviado pelo governador e virou uma nova alternativa econômica, indpendente de quem está no comando do governo federal.
Estiveram presentes ao avento o prefeito em exercício de Manaus, Wallace Oliveira, o superintendente da Suframa, Algacir Polsin, o presidente da Fieam, Antônio Silva, o presidente da Cigás, Renê Aguiar, o secretário de Ciência Desenvolvimento e Tecnologia, Angelus Figueira, e representantes da iniciativa privada e entidades do segmento de petróleo e gás.