Portal Você Online

Amazonas reduz 12% nos alertas de desmatamento

Dados são do Deter, do Inpe, analisados diariamente pela Sema; redução representa 1,8 mil campos de futebol de área desmatada.

O Amazonas conseguiu reduzir o desmatamento no primeiro trimestre de 2021 em 12% em relação ao mesmo período de 2020 na quantidade de alertas emitidos pelo Deter, o sistema de monitoramento de desmate do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados foram analisados e divulgados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) nesta segunda-feira (12).

O Deter tem a função de auxiliar órgãos de fiscalização ambiental em ações de combate ao desmatamento. Os dados da plataforma, entretanto, também podem ser usados para acompanhar o avanço do desmatamento nos estados brasileiros.

De janeiro a março de 2020, o Amazonas acumulou 106,88 km² de alertas de desmatamento. Já neste ano, o sistema Deter constatou uma redução de 13,08 km² no índice, o que representa aproximadamente 1.831 campos de futebol a menos de área desmatada.

O estado também apresentou queda nos alertas de desmatamento emitidos em março, mesmo diante do aumento recorde registrado na Amazônia para o mês, no recente histórico do Deter, desde 2015.

Março deste ano registrou 367,61 km² de desmatamento na Amazônia, superando o recorde anterior de 2018 (356,6 km²), seguidos por 2020 (326,94 km²). O aumento com relação a março do ano passado chega a 12,6%.

Na contramão dos índices, o Amazonas foi um dos três estados da Amazônia Legal que reduziram o número de alertas de desmatamento no mês. Foram 15,5% a menos de área desmatada, passando de 72,71 km² registrados em março de 2020, para 61,41 km² em março deste ano.

Ações de monitoramento e combate – Os dados do Deter são analisados pela Sema diariamente, por meio da Sala de Situação, a fim de auxiliar as equipes de fiscalização que atuam no sul do Amazonas, por meio da Operação Tamoiotatá.

As análises geram informações georreferenciadas, que apontam a localização dos principais polígonos de desmatamento na região, considerada a mais vulnerável para a ocorrência de desmatamentos e queimadas ilegais no estado.

O secretário do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, destaca que essa dinâmica permanente de monitoramento ocorre desde a implementação do Plano de Prevenção e Combate ao Desmatamento e Queimadas (PPCDQ-AM), lançado em junho do ano passado. Em 2021, a proposta é também tornar fixa as bases de fiscalização no sul do estado.

“No ano passado, no encerramento da Operação Curuquetê 2, nós fizemos uma avaliação de desempenho, e uma das ações de remediação foi iniciar mais cedo nossas operações em 2021. Tanto que a gente já lançou em março a Operação Tamoiotatá, que prevê a implementação de bases fixas em Humaitá e Apuí”, disse.

Por meio da Tamoiotatá, as equipes de fiscalização, coordenadas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão em campo desde 1º de abril. A proposta é atuar previamente contra o desmatamento, para diminuir a quantidade de áreas prontas para a queima no período de estiagem, no segundo semestre do ano.

“A gente acredita que essas ações de prevenção têm surtido efeito. Ainda não dá para comemorar. A hora da verdade mesmo será quando chegar o período do verão, quando a gente tem tradicionalmente um aumento do número de queimadas. Considerando que diminuímos os alertas de desmatamento diante desse aumento histórico na Amazônia, demonstra que pelo menos estamos no caminho certo”, completou o secretário.

Além da Sema e do Ipaam, a Operação Tamoiotatá conta com a atuação da Secretaria Executiva Adjunta de Planejamento e Gestão Integrada (Seagi) da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), por meio da qual participam o Batalhão Ambiental da Polícia Militar, a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Amazonas.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *