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Amazonas registra 21 mortes por hepatite de janeiro a maio

 A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS) registrou 436 casos de hepatite B, 179 de hepatite C, 30 de hepatite A e 28 de hepatite D, além de 122 mortes, em decorrência dos quatro tipos da doença.

Em 2024, até o dia 2 de maio, a FVS contabilizou 105 casos confirmados de hepatites, sendo 68 do tipo B, 31 do tipo C, quatro do tipo A e dois do tipo D. Nesse período, foram registradas 21 mortes. Durante sete anos não houve registros de mortes por hepatite E no estado.

A secretária de Saúde, Nayara Maksoud, lembra que a doença é silenciosa e pode levar a complicações graves, como cirrose e câncer (hepatocarcinoma). As hepatites virais são infecções que afetam o fígado, causando alterações leves, moderadas ou graves.

Embora muitas vezes assintomáticas, as hepatites podem se manifestar por sintomas como cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjôo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.

Nayara Maksoud alerta sobre a importância da vacinação contra o vírus da hepatite A e B, bem como da testagem regular para os tipos A, B, C e D, especialmente para pessoas acima dos 40 anos.

A vacinação e a testagem estão disponíveis nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde). A vacina é indicada a partir dos 12 meses de idade. Ainda não existem vacinas que confiram proteção contra os tipos C, D e E.

Tipos de hepatites

A hepatite A está relacionada à falta de saneamento básico, a questões de higiene pessoal e dos alimentos. É uma infecção mais leve e existe vacina para prevenção. A hepatite do tipo B é contraída através da relação sexual desprotegida ou contato sanguíneo.

Segundo o Ministério da Saúde, a hepatite C é considerada a maior epidemia da humanidade, contaminando cinco vezes mais do que a AIDS/HIV. A infecção ocorre pelo contato com o sangue. Não existe imunizante contra esse tipo, mas é possível prevenir.

Sobre o tipo D, as formas de transmissão são idênticas às da hepatite B: por relações sexuais sem preservativo com uma pessoa infectada; da mãe infectada para o filho durante a gestação e parto; compartilhamento de material para uso de drogas (seringas, agulhas, cachimbos);

A hepatite do tipo E também pode provocar grandes epidemias e a transmissão pela via digestiva. Localidades com falta de saneamento básico podem sofrer mais com a proliferação da doença.

Outra forma não muito lembrada de infecção pelas hepatites B, C e D é por material de manicure.

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