O Amazonas registrou um crescimento de 14,2% nas vendas de varejo em fevereiro, o maior do país, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta terça-feira (13).
O estado foi o destaque positivo da divulgação de hoje seguido de Rondônia (11,5%) e Piauí (8,3%). Por outro lado, Acre (-12,9%), Tocantins (-4,4%) e Distrito Federal (-2,1%) tiveram as maiores quedas.
Na comparação com o mesmo período do ano passado, o mês de fevereiro registrou queda de 16,9% nas vendas no varejo. Mas, de acordo com o instituto, o resultado diminui a queda no cálculo acumulado do ano.
Em janeiro deste ano, o Amazonas registrou o pico da pandemia de coronavírus com o comércio proibido de abrir e até a circulação de pessoas foi restrita pelo toque de recolher de 24h, em Manaus.
Para o gerente da pesquisa do IBGE, Cristiano Santos, o resultado do mês não significa a recuperação do setor, mas um ajuste em relação ao mau desempenho dos dois meses anteriores. “Taxa de 0,6% é muito próximo do que chamamos de estabilidade”, disse.
Na comparação com fevereiro de 2020, último mês antes do início da pandemia do novo coronavírus, as vendas do varejo brasileiro caíram 3,8%. No acumulado do primeiro bimestre, as vendas do comércio apresentam queda de 2,1%.
“Em fevereiro, temos a volta do orçamento mensal das famílias a uma maior normalidade (após os gastos com pagamentos de impostos como IPVA e IPTU em janeiro) e o retorno dos alunos às escolas, aquecendo as compras de material escolar”, explicou Santos acreditando que em março deve ter seguido a tendência de recuperação.
Entre abril e junho de 2020, o comércio amazonense, centralizado em Manaus, havia mostrado forte crescimento, porém, o cenário se reverteu em novembro e dezembro de 2020, e principalmente em janeiro de 2021 com a fase mais crítica da pandemia.
