Portal Você Online

Amazonas tem mais da metade da população adulta endividada; renegociação de dívidas cresce

O Brasil vive em 2025 um recorde histórico de inadimplência. De acordo com o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas da Serasa Experian, mais de 72 milhões de pessoas estão com contas em atraso. No mesmo período, o país registrou ainda 8 milhões de empresas negativadas, o maior número já observado.

Os dados revelam diferenças significativas entre os estados. O Amapá lidera com 64% da população adulta inadimplente, seguido do Distrito Federal (60,9%) e do Rio de Janeiro (57%).

Mais da metade da população do Amazonas está inadimplente

O Amazonas aparece entre os estados mais críticos: em maio de 2025, 54,5% dos adultos estavam negativados, ou seja, mais da metade da população. O índice coloca o estado em um patamar preocupante, refletindo o peso do desemprego, da alta no custo de vida e da dependência de crédito de curto prazo, especialmente cartão de crédito e empréstimos pessoais.

Outros estados também registram altos índices, como o Mato Grosso do Sul (54,1%). Na ponta positiva, aparecem Santa Catarina (36,5%), Piauí (37%), Espírito Santo (41,5%) e Rio Grande do Sul (41,6%). Já São Paulo, embora concentre o maior número absoluto de inadimplentes devido à sua população, apresenta percentuais mais baixos que a média nacional.

Dívida das famílias e impacto nos pequenos negócios

No Amazonas, a situação revela não apenas o peso da dívida das famílias, mas também a dificuldade de pequenos e médios negócios.

A capital Manaus concentra a maior parte dos registros, mas cidades do interior também enfrentam alta inadimplência, agravada pelo custo logístico, pela informalidade e pela ausência de alternativas de crédito acessível.

Especialistas alertam que, em regiões como a amazônica, a inadimplência não é apenas reflexo da economia nacional, mas de uma realidade local marcada por desigualdade e falta de oportunidades.

Além da inadimplência de pessoas físicas, a Serasa registrou recorde de empresas negativadas em julho, um reflexo da fragilidade do consumo e dos juros elevados. Isso impacta diretamente a geração de empregos e investimentos, criando um ciclo de dificuldade econômica.

Renegociação de dívidas cresce, mas crise continua

Apesar do cenário, há aumento na procura por renegociação de dívidas. Plataformas digitais da Serasa têm registrado crescimento de adesões, estimuladas por campanhas nacionais. Ainda assim, milhões de brasileiros seguem em situação de fragilidade financeira.

O Amazonas, com mais da metade da população adulta inadimplente, simboliza o desafio do país.

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *