
Segundo o Instituto de Pesquisa Espacial (Inpe) o Amazonas registrou, de 1 a 31 de agosto, 10.328 queimadas, o maior índice desde 1998, quando o instituto começou a monitorar a série histórica dos focos de incêndios no estado.
Os dados são os piores dos últimos 26 anos do programa BD Queimadas do Inpe. Conforme o satélite europeu Corpenicus, parte do estado está encoberto está encoberto por uma mancha de fogo de quase 500 km de extensão.
O problema também afeta o Acre, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e agora o Pará, formando um verdadeiro ‘cinturão do fogo’.O Governo do Amazonas decretou emergência ambiental em todos os 62 municípios do estado e proibiu qualquer tipo de queimada.
O número de queimadas em agosto deste ano é quase o dobro do registrado em agosto do ano passado: 5.474. Em julho, o estado também já havia registrado o pior índice da história para o mês.
AMAZÔNIA
A Amazônia tem o sexto pior agosto da história da região. O recorde foi registrado em agosto de 2005, quando 63.764 focos de fogo foram registrados pelo Inpe. Este ano, foram 33.116 focos de incêndios, 68% superior a média para o período.
Neste mês de agosto cerca de 55,5% das queimadas do país foram registrados na região amazônica. Pesquisadores apontam a falta de política pública eficaz para controlar as queimadas e o desmatamento., o que tem agravado ainda mais a situação.
Dos dez municípios que mais queimaram a Amazônia Legal em agosto, três estão no Amazonas: Apuí, Lábrea e Novo Aripuanã. Os três, inclusive, estão localizados no Sul do estado, chamado de ‘arco do fogo’, devido a forte presença da pecuária na região.


