
A conexão à internet pelas antenas da Starlink no Amazonas é uma das piores no Brasil. Com velocidade média de 23,26 Mbps no primeiro trimestre de 2025, o estado ocupa a 26ª posição entre as 27 unidades federativas, superando apenas Sergipe. Entre os nove estados da Amazônia Legal, o Amazonas é o que registra a menor média de velocidade.
A análise foi divulgada pela Minha Conexão, plataforma que monitora a qualidade da internet em todo o país. Segundo o levantamento, cinco estados da Amazônia Legal — Acre (61,19 Mbps), Amapá (58,42 Mbps), Pará (49,76 Mbps), Roraima (39,34 Mbps) e Amazonas (23,26 Mbps) — estão entre os piores do Brasil em desempenho no período analisado.
Rondônia e Tocantins apresentaram médias superiores, com 74,96 Mbps e 79,89 Mbps, respectivamente, enquanto Maranhão 87,77 Mbps e Mato Grosso 74,93 Mbps, da Amazônia Legal.
Cobertura
A Starlink está presente em toda a Amazônia Legal. Em outubro de 2023, segundo a BBC News Brasil, a empresa operava em 697 dos 772 municípios da região – 90% de cobertura territorial. Ainda assim, o desempenho da operadora nos estados da região permanece entre os mais baixos do país.
O ranking estadual de provedores de internet indica que, mesmo com ampla presença, a Starlink não figura entre as principais colocadas em velocidade de conexão na maior parte dos estados amazônicos.
A maior velocidade média registrada no trimestre ocorreu no Rio Grande do Norte, com 114,79 Mbps. Espírito Santo, Goiás, Pernambuco e Rio Grande do Sul também ultrapassaram os 100 Mbps. A média nacional da provedora no período foi de 79,86 Mbps.
Segundo a fabricante SpaceX, a internet da Starlink pode atingir até 220 Mbps de download, 25 Mbps de upload e latência entre 25 e 50 milissegundos. No entanto, o desempenho pode variar de acordo com fatores geográficos e de infraestrutura local.