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Amazonas teve crescimento de 30% na demanda de crédito do país; segmento serviços financiou mais

Enquanto a procura por crédito de empresas brasileiras perdeu força em julho, o Amazonas seguiu na contramão e teve o maior crescimento do país: alta de 30,7% em relação ao mesmo mês do ano passado.

O levantamento é da Serasa Experian. O estado ficou à frente de Roraima (22,8%) e Pará (18,2%), que também se destacaram. Já Distrito Federal (-10,6%), Rio de Janeiro (-11,5%) e Mato Grosso do Sul (-13,7%) tiveram queda.

No Brasil, o avanço foi bem menor, apenas 4%, ritmo mais fraco que nos meses anteriores. Segundo a economista Camila Abdelmalack, os juros básicos de 15% ao ano e a maior dificuldade para aprovação dos pedidos desanimaram muitos empresários.

“Muitas empresas receberam negativas nos últimos meses, o que desestimula novas tentativas”, explica.

O setor de serviços foi o que mais procurou crédito, com alta de 10,4%, mas este já é o menor aumento desde abril.

O comércio praticamente não se mexeu, com leve queda de 0,1%, e o grupo que reúne agronegócio, setor financeiro e terceiro setor recuou 12%, maior baixa desde 2023.

Por porte, as médias empresas puxaram o crescimento, com alta de 5,8%. Micro e pequenas avançaram 4%, enquanto as grandes ficaram quase estáveis, com 0,9%.

O indicador mede apenas os pedidos de crédito feitos por CNPJs, sem considerar se o dinheiro foi liberado.

Os números mostram que, mesmo com juros altos, muitos negócios no Norte continuam buscando crédito para manter o fluxo de caixa e investir.

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