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Amazonenses devem ficar alertas para doenças relacionadas ao período das chuvas

A FVS-AM recomenda o uso do hipoclorito de sódio para tratamento domiciliar da água de consumo humano para melhorar a qualidade da água e prevenir doenças de veiculação hídrica.

Os riscos apresentados pelas mudanças climáticas  dezembro a maio, quando a frequência maior de chuvas vem para amenizar calor, também contribuem para alagamentos que podem levar à proliferação de várias doenças como a dengue, leptospirose, viroses e micoses e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika, chikungunya e leishmaniose.

O alerta é de levantamento na área da saúde feito pela plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). 

As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral.

 De acordo com o Portal da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a dengue e as viroses são doenças transmitidas por vírus; a primeira, pela picada do mosquito Aedes Aegypt, que tem como principais sintomas: febre alta, dor de cabeça ou nos olhos, cansaço ou dores musculares e ósseas, falta de apetite, náuseas, tonturas, vômitos, erupções na pele e até hemorragia; e a segunda, transmitidas através de aglomerações e acometem as pessoas com tosse, febre, diarreia, dores de cabeça e nas articulações, além de vômito que pode ocasionar desidratação.

 Outra doença associada a este período chuvoso é a leptospirose. A doença está relacionada com condições precárias de infraestrutura sanitária, pois a urina contaminada de roedores e outros animais é o principal agente de transmissão.

 Ambientes úmidos e abafados comuns nesta época do ano contribuem também para a proliferação de fungos. De acordo com a SESPA (Secretaria do Estado de Saúde Pública), em matéria da Agência Pará de Notícia (órgão oficial do Estado), os fungos podem ultrapassar a camada da pele e causar infecção local, coceira, manchas vermelhas, erupções cutâneas e ardor.

 Cuidados simples podem ser tomados para se prevenir: evitar aglomerações; lavar bem os alimentos; evitar contato com água contaminada de canais; eliminar a água parada de objetos em casa; ingerir muita água e consumir alimentos saudáveis.

Pesquisa:

O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência dos vetores, que são transmissores das diferentes doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.

A plataforma avalia o quanto a população está exposta e o quão vulnerável ela é à ocorrência dessas doenças.

“A gente percebe que, em determinadas regiões, pode haver um aumento da ocorrência dessas enfermidades e populações mais vulneráveis e expostas ficam mais suscetíveis a adoecerem por essas diferentes doenças”, disse Ometto, acrescentando que a identificação de que regiões poderão ser mais atingidas depende do tipo da doença.

Com a chegada do período chuvoso no Amazonas, o alerta é para casos de hepatite A, leptospirose e doenças diarreicas agudas.

Conforme o monitoramento dos dados do Departamento de Vigilância Epidemiológica (DVE) da FVS-RCP, no período de janeiro a agosto de 2023, foram confirmados 18 casos de Hepatite A, contra 15 casos confirmados da doença no mesmo período, no ano passado.

A leptospirose é uma doença infecciosa febril aguda que é transmitida a partir da exposição direta ou indireta à urina de animais (principalmente ratos) infectados pela bactéria Leptospira; sua penetração ocorre a partir da pele com lesões, pele íntegra imersa por longos períodos em água contaminada. Em 2023, 24 casos foram confirmados até agosto.

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