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Amazônia tem mais de 3 milhões de quilômetros de estradas ilegais, diz estudo

Segundo estudo publicado pelo portal Remote Sensing, em parceria com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), mais de 3 milhões de quilômetros — dentre os 3,46 milhões de quilômetros de estradas — são ilegais na Amazônia.

Conforme dados divulgados pelo governo federal, existem 39 mil quilômetros de estradas florestais oficializadas, sendo 25 mil estaduais e 14 mil federais.

As estradas ilegais cortam zonas de florestas que, em tese, deveriam ser preservadas. Em alguns casos, áreas destinadas a conservação natural são atingidas, além de também afetar terras indígenas.

A análise do estudo indica os locais mais atingidos pelas vias ilícitas, entre elas: 55% cortam terras privadas, 25% terras públicas, 12% unidades agrícolas, 5% áreas de conservação estadual e nacional e 2,6% em terras indígenas.

O mapeamento feito pelo estudo utilizou-se de um algorítimo criado para detectar estradas rurais, por meio de imagens de satélites. Os dados dessa pesquisa são referentes a 2020.

A identificação das estradas não oficiais foram baseadas na interpretação visual das imagens proferidas pelo dispositivo artificial na órbita da Terra, a partir da compreensão dos especialistas.

Em determinadas regiões da floresta, vias até cinco vezes maiores do que se conseguia mapear anteriormente foram identificadas, mas ainda carecem de maior apuração, o que deve ser feito nas próximas etapas da pesquisa.

Estudos anteriores ao do Imazon indicaram que a abertura de vias impulsiona o desmatamento. Isso ocorre independente delas serem oficiais ou não.

Por isso, o número é extremamente maior de estradas ilegais comparado às permitidas, assusta os especialistas.

Mais estradas em PA e MT

O estudo indica que a maior concentração de estradas nas regiões florestais estão no Pará (PA) e Mato Grosso (MT).

No PA, as estradas estão concentradas  na Terra do Meio — área complexa em relação ao trabalho de garimpo — no norte da rodovia Transamazônica, e na porção oeste do Estado.

Em MT, a grande maioria das regiões com mata estão cortadas por estradas.

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