O Amazonas reduziu em 68,2% o número de focos de calor no mês de outubro, em relação ao mesmo período de 2018.

Outubro de 2019 apresentou o menor número de queimadas na Amazônia desde o início do monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em 1998. O número mais baixo de focos, até então, havia sido registrado no mesmo mês daquele ano, com 8.777 detecções de calor. Neste ano, foram 7.855 pontos registrados durante todo o mês de outubro. No Amazonas a redução foi de 68,2%, no mesmo período com relação ao ano passado.
O cenário é oposto no Pantanal. O maior registro da história do bioma em um mês de outubro ocorreu em 2002, com 2.761 focos de queimadas. Neste ano, o número de outubro chega a 2.430, 331 focos a menos do que o recorde. A média histórica para o mês desde de 1998 é de 981 detecções de calor.
Redução foi de 68% no Amazonas
O Amazonas reduziu em 68,2% o número de focos de calor no mês de outubro, em relação ao mesmo período de 2018. Foram 548 focos registrados em 2019 contra 1.725 no ano anterior, segundo os dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com a redução, o Amazonas passou a ocupar o sexto lugar no ranking de queimadas da Amazônia Legal – ficando abaixo do Pará, Maranhão, Mato Grosso, Tocantins e Rondônia.
Os dados são do Inpe e analisados pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), que acompanha os números diariamente por meio da Sala de Situação. A estratégia faz parte das ações do Comitê Estadual de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais, Controle de Queimadas e Monitoramento da Qualidade do Ar, coordenado pela Sema.
Os números demonstram uma melhoria significativa do Amazonas na diminuição de focos de calor, quando comparado aos nove Estados que compõem a Amazônia Legal. Em outubro de 2018, o Amazonas ocupava o segundo lugar no ranking com mais focos de calor e, este ano, passou para sexto colocado. Em 2019, o Pará lidera o ranking com 3.870 focos, seguido do Maranhão (2.691), Mato Grosso (1.774), Tocantins (1462), Rondônia (556), Amapá (540), Acre (354) e Roraima (53).
Para o secretário de estado do Meio Ambiente, Eduardo Taveira, a Sema tem atuado ativamente ao longo do ano na elaboração das estratégias de combate a queimadas no Amazonas. “É muito positivo ver que conseguimos ter uma redução significante no número de focos de calor, caindo quatro posições no ranking de estados com mais queimadas em relação ao último ano. Isto é um reflexo do trabalho integrado que vem sendo realizado entre diversos órgãos das esferas municipais, estaduais e federais”, destacou.
O presidente do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), Juliano Valente, reforçou que as ações de fiscalização e controle se intensificam no segundo semestre do ano e a redução das queimadas é reflexo da atuação da Operação Curuquetê, coordenada operacionalmente pelo Ipaam, em conjunto com a Operação Verde Brasil, do Exército Brasileiro. “Mesmo com estes dados, que mostram o sucesso das ações, continuamos o monitoramento e fiscalização para impedir que o Amazonas volte a enfrentar este problema. O combate aos ilícitos ambientais é uma das prioridades em nossa gestão, cumprindo a missão do Ipaam de garantir o desenvolvimento sustentável do Amazonas”, completou.