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Aneel analisa prorrogação para conclusão da venda da Amazonas Energia

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A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) analisará, em reunião ordinária desta quinta-feira (19), às 13h30 (horário de Manaus), a prorrogação por mais 60 dias do prazo, que se encerra em 31 de dezembro, para a conclusão da transferência do controle acionário da Amazonas Energia do grupo Oliveira para a Âmbar Energia.

A operação de transferência de controle acionário, avaliada em aproximadamente R$ 3 bilhões, inclui a aquisição dos ativos e passivos da Amazonas Energia e também a previsão de aportes estratégicos voltados à modernização da rede e ao fortalecimento do fornecimento em áreas de difícil acesso.

A conclusão deste negócio é alvo de várias ações que correm na Justiça Federal do Amazonas, sendo que na última a Companhia de Gás do Amazonas (Cigas) entrou na justiça pedindo a suspeição da juíza federal Jaíza Fraxe, que determinou a conclusão do negócio sob pena de apagão de energia nos municípios do Estado.

Em decisão da semana passada, Jaíza Fraxe não se considerou suspeita, mas o mercado espera que a Cigas, que pertence ao Governo do Amazonas em parceria com o empresário baiano Carlos Suarez, o S da construtora OAS, recorra desta decisão ao Tribunal Regional Federal da 1a Região, em Brasília.

Suarez tem negócios no setor elétrico e estaria interessado em “melar” o negócio entre o Grupo Oliveira, do empresário amazonense Orsine Oliveira, e a Âmbar, que é controlada pela família dos irmãos Wesley e Joesley Batista.

Tamanho do negócio da Amazona Energia

Com uma base de mais de 1 milhão de consumidores e atendendo a 62 municípios amazonenses, incluindo regiões isoladas abastecidas por sistemas termoelétricos, a Amazonas Energia apresenta desafios únicos.

A concessionária é responsável pela distribuição em um território de dimensões continentais, onde a logística e os custos de operação figuram entre os mais elevados do país. Em 2022, a empresa reportou perdas técnicas e comerciais superiores a 35%, segundo dados da Aneel, o que reforça a necessidade de investimentos para melhorar a eficiência e combater o desperdício.

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