
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na tarde desta quinta-feira (12), o uso emergencial do coquetel dos remédios banlanivimabe e etesevimabe contra a Covid-19.
A combinação atua para evitar casos graves da infecção pelo coronavírus em adultos e crianças. O remédio não é recomendado para pessoas que estejam em suporte ventilatório.
O medicamento produzido pela farmacêutica Eli Lilly é um anticorpo monoclonal, que proteínas feitas em laboratório que imitam o sistema imunológico e ajudam o organismo a lutar contra o coronavírus.
O bamlanivimab e o etesevimab atacam a proteína spike do coronavírus, evitando que o vírus invada as células do corpo. Esse é o segundo coquetel aprovado para o tratamento da Covid-19.
Ao votar pela liberação do uso, a diretora da Anvisa, Meiruze de Sousa Freitas, afirmou que a aplicação do medicamento deve ser monitorada clinicamente durante a administração e os pacientes deverão ficar em observação por pelo menos uma hora.
Os técnicos do órgão usaram o relatório técnico da agência reguladora americana (FDA) para nortear a avaliação.
A Anvisa recebeu em 30 de março o pedido de uso emergencial dos medicamentos. O medicamento está aprovado para uso emergencial desde o começo de fevereiro nos Estados Unidos.
Primeiro coquetel
Em abril, a Anvisa aprovou o primeiro coquetel contra a Covid-19. Os medicamentos casirivimabe e imdevimabe foram liberados para o tratamento.
Os estudos mostram que o uso do coquetel reduziu em 70,4% o tempo de internações e o número de mortes em pacientes ambulatoriais sintomáticos.
Segundo o laboratório Produtos Roche Químicos e Farmacêuticos, a medicação funcionaria como um coquetel de anticorpos.
Em 12 de março, a Anvisa liberou o Rendesivir para tratar Covid. O antiviral foi o primeiro medicamento aprovado para uso em pacientes hospitalizados. Ele não é vendido em farmácias.
Com o registro, o Rendesenvir é administrado via injetável e exclusivamente em hospitais. A medida é para que o paciente seja monitorado. Segundo a agência reguladora, o remédio não cura, mas reduz o tempo de internação.