Médica defente uso da cloroquina contra a Covid-19 e de acordo com a oposição pertence ao grupo do ‘gabinete paralelo’ do presidente na saúde

A Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia de Covid-19 abre a quinta semana de trabalhos nesta terça-feira (1º) ounvindo a médica Nise Yamaguchi. Os requerimentos para ouvir a oncologista e imunologista foram apresentados pelos senadores Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos Rogério (DEM-RO).
Yamaguchi é questionada sobre a defesa que faz em relação ao uso da cloroquina — medicamento sem eficácia comprovada para combater a Covid-19 — e ao tratamento precoce contra a doença. Além disso, a médica também será indagada sobre um suposto “gabinete paralelo” que orientaria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em assuntos relacionados à pandemia e estaria à parte do Ministério da Saúde.
Em depoimento à CPI, o diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, afirmou que a pesquisadora, em uma reunião com o governo federal, defendeu alterar a bula da cloroquina com o objetivo de definir o medicamento como eficaz contra o coronavírus.
Funcionária do Hospital Israelita Albert Einstein, Nise tem 62 anos e chegou a ser cotada para o cargo de ministra da Saúde quando da demissão de Luiz Henrique Mandetta, em abril de 2020, e, com mais destaque, no mês seguinte, quando Nelson Teich deixou o comando da pasta, 29 dias após sua nomeação.
Defesa da cloroquina e polêmicas
Tão logo a pandemia passou a ganhar força no Brasil, em meados de março de 2020, Nise Yamaguchi tornou-se uma voz potente na defesa do tratamento precoce da doença, se valendo principalmente da hidroxicloroquina e da cloroquina, drogas com as quais ela já tinha familiaridade em suas décadas dedicadas à medicina.
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