Um dos objetivos de senadores é saber a razão da demora para a análise definitiva do imunizante russo Sputnik V
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 ouve (acompanhe ao vivo), nesta terça-feira (11), o depoimento do diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres.
A oitiva com o chefe da agência estava prevista para ocorrer na última quinta-feira (6), mas precisou ser adiada. Ele será o quarto depoente do colegiado. Antes de Barra Torres, a CPI ouviu os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich, além do titular da pasta, Marcelo Queiroga.
A tendência é de que o depoimento de Barra Torres siga a lógica de questionamentos da oitiva do atual ministro da Saúde. Na CPI, o cardiologista foi pressionado sobre os problemas na vacinação contra o novo coronavírus no país.
Um assunto que estará na pauta dos questionamentos feitos pelos parlamentares ao diretor da Anvisa é a discussão em torno da aprovação do uso emergencial da vacina russa Sputnik V.
Recentemente, o corpo técnico da agência recusou a aplicação em caráter excepcional alegando falta de dados suficientes para atestar a segurança do imunizante.
Bula da cloroquina – Barra Torres será pressionado, ainda, por um episódio citado por Mandetta em seu encontro com os senadores. No depoimento, o ex-ministro afirmou que o Palácio do Planalto tentou alterar a bula da hidroxicloroquina para que o medicamento fosse indicado ao tratamento do novo coronavírus. Coube ao diretor da Anvisa barrar a investida do governo federal.