
O presidente Lula, durante visita a Doha, no Catar, confirmou nesta quinta-feira (30), que há um brasileiro entre os reféns do grupo terrorista palestino Hamas e que está negociando a sua libertação. Segundo a Federação Israelita do Estado São Paulo (Fisesp) disseram que ele é Michel Nisenbaum e que as autoridades brasileiras entraram em contato pela primeira vez nesta quarta-feira (29).
Em entrevista exclusiva a revista Veja, o presidente da Fisesp, Marcos Knobel, afirmou que houve atraso na operação do Itamaraty para reconhecer que poderia haver um refém brasileiro em Gaza, bem como para identificá-lo. O primeiro contato da diplomacia com sua família ocorreu apenas na quarta-feira (29), quase dois meses após o início do conflito.
“Ontem pela manhã, um funcionário da embaixada brasileira de Israel, em Tel Aviv, chamado Nimrod, entrou em contato com o grupo de voluntários do Fórum das Famílias dos Sequestrados para solicitar o telefone da irmã de Nisenbaum, Mary Shohat“, disse Knobel.
Nesta manhã, o embaixador Frederico Meyer recebeu a irmã do brasileiro, na embaixada em Tel Aviv e confirmou a condição de refém.
Em uma publicação na internet, a representação brasileira diz que “o Embaixador do Brasil em Israel encontrou-se nesta manhã com a irmã do único brasileiro refém em Gaza”.
De acordo com o texto, Michel Nisenbaum, de 59 anos, foi “sequestrado pelo Hamas de acordo com o informado pelas autoridades israelenses, na manhã do ataque de 7 de outubro no caminho para trazer sua neta, que dormiria naquela noite com o pai”.
O contato com o Nisenbaum foi perdido às 7h da manhã, no dia do primeiro ataque do Hamas à Israel. Quando sua filha tentou entrar em contato com ele, às 7h20, a ligação foi atendida em árabe e ouviram-se gritos de “Hamas”, de acordo com a representação brasileira.


