
Após cerca de oito horas, as duas últimas vítimas que eram mantidas reféns no Bar da Preta, no Centro do Rio, foram liberadas. A polícia entrou no local e imobilizou o suspeito, identificado como Danilo Macedo, 42 anos, utilizando uma arma de choque.
Ele, de acordo com a PM, estava armado com uma faca. A ação aconteceu na Rua do Rezende, altura da Avenida Mem de Sá. Em seguida, o homem recebeu os atendimentos de primeiros socorros, foi preso e levado para a 5ª DP (Centro). Depois de 24 horas, ele deve ser levado para o Serviço de Polícia Interestadual (Polinter).
De acordo com a polícia, o Danilo chegou a manter sete pessoas reféns no estabelecimento comercial. O homem foi capturado após os policiais entrarem no bar. Antes disso, ele havia se recusado a se entregar — chegou a fazer barricadas, colocando mesas e cadeiras na porta do estabelecimento, pelo lado de dentro.

Danilo Macedo chegou a fazer sete reféns, informou a polícia
Foto: Reprodução/Facebook
— Ele levou um tiro de eletrochoque pelo Bope. Foi preso e levado para a delegacia — informou o porta-voz da Polícia Militar, coronel Mauro Fliess. A polícia agora realiza buscas no local para checar se havia armas no estabelecimento.
Três das vítimas eram funcionárias da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) — uma delas foi identificada como Flávia e o outro como Almir. Com o passar das horas, os reféns foram sendo liberados. Também foram mantidos no bar um cozinheiro que trabalha no local e a dona do estabelecimento, Lucia Ferreira Batista , liberada mais cedo.
Segundo testemunhas, a motivação do sequestro seria uma briga entre o suspeito e quem gerencia o estabelecimento comercial. Nos dias de semana, o Bar da Preta serve almoço. Às quartas e durante os fins de semana, o horário de funcionamento é estendido até a noite, com rodas de samba e karaoquê liberado para o público.
De acordo com o genro da dona do bar, João Gomes, o sequestrador havia prometido se vingar após uma confusão que ocorreu há duas semanas. Nela, conforme o relato, um policial à paisana teria disparado um tiro para o alto para despersar o tumulto.

Polícia cerca a área onde homem mantém reféns em bar na Rua do Rezende, na esquina com Avenida Mem de Sá
Foto: Reprodução
— Não ficamos aberto até tarde até porque nessa região da Lapa as coisas fecham mais cedo. Nada justifica isso — contou .
— Ele reclamava muito do barulho e das cadeiras. Só havia esse problema. Disseram que ele é uma pessoa tranquila, antes dessa briga das cadeiras nada tinha acontecido — completou João.