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Após seca histórica, monitoramento indica fim da vazante nas calhas dos rios Solimões e Negro

O Serviço Geológico do Brasil divulgou o 53º Boletim de Alerta Hidrológico da Bacia do Amazonas com o monitoramento dos rios e um panorama da seca na região amazônica.

De acordo com as informações geradas a partir do Sistema de Alerta Hidrológico (SAH), a Bacia do Solimões registra o início do processo de enchente, assim como o rio Negro, em Manaus (AM).

O rio Negro apresentou pequenas descidas no município de São Gabriel da Cachoeira (AM), e manteve as subidas em Tapuruquara (AM) e Barcelos (AM). Em Manaus (AM), que nesta sexta (24), apresenta a cota de 14,25m, o rio tem subido regularmente desde o último dia 18, o que confirma o fim do período de vazante e o início do processo de cheia.

A Bacia do Solimões apresenta subidas regulares ao longo de toda a calha. Em Manacapuru (AM), sobe uma média diária de 14cm ao dia; Itapeuá (AM), 22cm; Fonte Boa (AM) com subidas regulares e Tabatinga (AM) pode ainda apresentar pequenas oscilações dentro do período de enchente, ratificando o início deste processo.

O rio Amazonas apresentou subidas em Itacoatiara (AM) e Parintins (AM), mas nas estações de Óbidos (PA) e Santarém (PA) registrou oscilação nas cotas.

O pesquisador em geociências Andre Santos afirma que, na maior parte das estações monitoradas, já se iniciou o processo de enchente.

Com exceção do Alto Rio Negro, médio Rio Negro e o Rio Branco, em Roraima. Nestas bacias as mínimas são observadas no início de cada ano, entre fevereiro e abril dependendo da localidade.

Nas demais, podemos dizer que já estamos no período de cheia, mesmo observando as chuvas abaixo do esperado

Rio Negro

A seca histórica atingiu o Rio Negro em 16 de outubro de 2023, quando atingiu 13,59 metros. As águas continuaram baixando até ficarem abaixo dos 13 metros pela primeira vez em 121 anos.

Durante a seca, o Rio Negro se afastou da cidade, afetando especialmente o Centro e a Zona Oeste de Manaus. Na Zona Leste, dois lagos secaram completamente.

A navegação também foi impactada a partir de setembro, mas com a subida do rio, os navios retomaram a rota na semana passada.

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