
O escrivão da polícia aposentado, Laércio Della Colleta, de 92 anos, foi colocado em uma cadeira de rodas e levado pela companheira, Josefa de Souza Mathias, de 58 anos, até uma unidade da agência do Banco do Brasil, em Campinas, São Paulo, no dia 2 de outubro.
A farsa foi descoberta após Josefa tentar apressar o atendimento preferencial do idoso e dizer que o companheiro estava passando mal.
O Corpo de Bombeiros foi acionado e constatou que o idoso já estava morto e que o óbito teria ocorrido havia ao menos algumas horas. Segundo o boletim de ocorrência, o Corpo de Bombeiros e o médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) notaram que ele estava em estado cadavérico e com inchaço nos pés.
O diretor do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior (Deinter 2), José Henrique Ventura, afirmou que o laudo necroscópico apontou que o idoso já estava morto havia 12 horas
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, Kosefa informou ter união estável com o idoso, há 10 anos, e que movimenta a conta dele, mas havia perdido a senha de letras e, portanto, precisava fazer a prova de vida.
Segundo o delegado ela prestou depoimento no 1º DP de Campinas, nesta sexta-feira (16). Durante o interrogatório, negou o crime.
A advogada de defesa da mulher, Andreza Carolina Dias, afirmou que, por hora, não irá se manifestar sobre o caso, segundo ela, a pedido da própria cliente. “Mais para frente, vamos esclarecer os fatos. Por hora estão muito prematuras as acusações contra ela [suspeita]”.