
Wilton Cabral*
A aprendizagem humana é iniciada com o nascimento, ou até mesmo antes, e apresenta a sua finalização com a morte do indivíduo, fazendo-se uma característica presente constantemente de forma consciente ou inconsciente na vida das pessoas. Através do estudo da aprendizagem torna-se possível um esclarecimento maior a respeito do desenvolvimento do comportamento humano e tudo que o envolve no que diz respeito ao seu ajustamento no meio físico, psíquico e social.
Toda aprendizagem resulta em alguma mudança de comportamento daquele que aprende. Essas mudanças são observadas na maneira de agir, no fazer, pensar, gostar, expressar. Os estudiosos, comumente, agrupam esses produtos da aprendizagem em automatismos (motores, afetivos e cognitivos), sendo que, este último, é o que mais nos interessa, isto porque o homem é um organismo que pensa, sente e age. Mas eles não agem independentemente. Por outro lado, uma aprendizagem cognitiva possui relações afetivas e motoras. Assim, a aprendizagem apreciativa envolve a cognição e a motricidade.
Com o transtorno do espectro do autismo, a aprendizagem cognitiva também pode ter suas contribuições, levando-se em consideração que apesar de terem suas organizações cognitivas diferentes, mas ainda assim com preservações significativas, mostrando a capacidade de aprender e interagir com o meio a sua volta, desenvolvendo aprendizagem motora, afetivas e cognitivas.
Este artigo tem como objetivo geral sinalizar a importância da aplicabilidade da aprendizagem cognitiva, direcionado para a melhoria do comportamento do autista, contribuindo com sua evolução positiva na escola, em seu meio social e com a família, também sensibilizando a sociedade para o fato de que o autista tem capacidade de aprender e compreender o mundo a sua volta.
Wilton Cabral é Psicólogo do Hapvida Saúde – CRP: 20/02078


