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Argentina anuncia US$ 689 milhões do BNDES para gasoduto

Destino seria construção de gasoduto para transportar óleo e gás de Vaca Muerta, segunda maior reserva de gás de xisto no mundo

flavia

A agência de notícias Reuters publicou que a Argentina garantiu um financiamento de 689 milhões de dólares do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a segunda etapa de gasoduto na enorme região de xisto de Vaca Muerta, segundo declarações da secretária de Energia, Flavia Royon (foto), na última segunda-feira (12). A instituição bancária brasileira negou, em nota.

O gasoduto, que aumentará a capacidade de transporte de gás do país, ajudará a Argentina a alcançar a autossuficiência energética, aprofundar as exportações regionais e desenvolver projetos de GNL, segundo informou a secretária argentina à líderes empresariais em um evento na cidade de Buenos Aires, capital do país.

“Quanto à segunda seção do gasoduto, obtivemos financiamento de US$ 689 milhões do BNDES”, disse a secretária de Energia da Argentina, Flavia Royon, em discurso durante um almoço organizado pelo Instituto Argentino de Petróleo e Gás.

Royon acrescentou que as negociações também estão em um estágio avançado para a obtenção de um financiamento adicional de US$ 540 milhões, também para a segunda seção do gasoduto, junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina-CAF.

O governo argentino já havia anunciado em novembro que estava negociando com o Brasil para conseguir financiamento para as próximas etapas de construção do gasoduto Presidente Néstor Kirchner.

Este gasoduto, cuja primeira etapa está em construção e deverá estar concluída até junho do próximo ano, será fundamental para o fornecimento do gás extraído em Vaca Muerta, no sudoeste da Argentina.

A formação, que é a segunda maior reserva mundial de gás não convencional, requer uma grande capacidade de transporte para avançar com seu desenvolvimento massivo.

A Argentina entende que o desenvolvimento de Vaca Muerta é essencial para o país alcançar a autossuficiência energética e se projetar como um fornecedor internacional, sendo o Brasil um mercado potencial.

“É um trabalho fundamental e histórico, que irá aumentar a produção de Vaca Muerta, expandir a capacidade de transporte de gás em 30% para levar o gás até os centros de consumo e aumentar as possibilidades de exportação”, declarou Royon.

Em nota, o BNDES negou que haja pedido de financiamento para a construção do gasoduto na Argentina e que houve apenas uma consulta sem compromisso.

“O governo argentino, por meio de sua embaixada em Brasília, e empresas brasileiras entraram em contato com o BNDES e com o Ministério da Economia em consulta sobre eventual financiamento à exportação de bens brasileiros. Não há pedido formal de financiamento protocolado no BNDES”, informa o comunicado da instituição bancária.

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