
O delegado Valdinei Silva, da 37° Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Presidente Figueiredo, no Amazonas, a 107 km de Manaus, confirmou na noite desta sexta-feira (5) a morte a artista circense venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, de 37anos, e que um casal foi preso suspeito do assassinato. Ela viajava de bicicleta com destino a cidade Puerto Ordaz, na Venezuela, onde a mãe mora, e havia desaparecido desde o dia 23 de dezembro, quando informou sua localização para um grupo de amigos pelas redes sociais.
Segundo o delegado, os suspeitos revelaram em depoimento que a morte de Julieta foi por asfixia. O corpo da artista foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML).
No depoimento o casal disse que Julieta pernoitou na casa deles, próxima a corredeira do Urubuí. O local serve de apoio para pessoas que viajam pela rodovia BR-174 (Manaus-Boa Vista) e onde o crime teria sido cometido.
O corpo da artista foi enterrado em uma cova rasa, onde foi encontrado pelos policiais do 37° DIP.
SSP-AM
Por meio de nota, a Secretaria de Segurança do Amazonas (SSP-AM) confirmou que um “um corpo foi encontrado por volta das 18h de sexta-feira (5), enterrado em uma área de mata do município de Presidente Figueiredo”.
“O Departamento de Polícia Técnico-Científico (DPTC) vai trabalhar na identificação do corpo para confirmar se trata-se da venezuelana Julieta Inés Hernández Martínez, que estava desaparecida desde o dia 23 de dezembro. Durante as buscas pela região, os policiais localizaram inicialmente partes da bicicleta que Julieta Hernández utilizava, o equipamento estava nas proximidades onde foi localizado o corpo. O local é próximo de um refúgio onde a mulher estava hospedada”, diz a nota,
A SSP-AM também confirmou a prisão do casal suspeito de envolvimento no crime. Eles passarão por interrogatório na delegacia local. O caso segue sob investigação.
A polícia encontrou primeiro a bicicleta usada por Julieta Hernández, A bike foi encontrada em Presidente Figueiredo com “vestígios”.

Mobilização na rede
Nas redes sociais, amigos de Julieta se despedem dela e falam sobre como era trabalhar e conviver com ela. “Jujuba, infelizmente, não encontramos você a tempo. Tudo isso nos mostra o quanto somos pequenos diante de tamanha brutalidade. Mas você, com sua gigante grandeza contida em seu nariz, nos ensinou que é preciso ter a coragem para seguir pedalando”, escreveu o perfil Circo di SóLadies.
“Hoje, todas as pessoas Palhaça’s desse país sonham por você. Sonhamos por um mundo onde as mulheres possam caminhar sem medo, onde as crianças sejam livres para brincar, onde as palhaças se vão apenas quando seus narizes vão descansar. Nesse mundo, Juju teria atravessado o Brasil e conseguido encontrar sua mãe em sua terra natal”, completou o Circo di SóLadies.