Portal Você Online

Árvore mais antiga da Amazônia é transformada em obra de arte; vídeo

A obra de arte Iara é fruto de uma parceria entre artistas e cientistas que buscam democratizar valores ambientais com a conscientização da população sobre os fenômenos da Amazônia.

Uma árvore de patrimônio natural e histórico da vida nos igapós da Amazônia, com aproximadamente 1.000 anos de existência, foi traduzida em obra artísticas desenvolvida pelo coletivo britânico de arte e de tecnologia Invisible Flocks, em colaboração com os cientistas Jochen Schongart e Ricardo Perdiz, pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), resultando no projeto vídeo arte “Iara”.


“Iara” busca entender e difundir o ciclo de vida da Macacarecuia (Eschweilera tenuifolia (O.Berg) Miers), uma das árvores mais antigas da região. Descobertas recentes revelam que a Macacarecuia ou Cuieira resiste a condições extremas, ficando submersa nas florestas sazonalmente inundadas com as águas escuras e abundantes da Bacia Amazônia durante 10 meses do ano, condição esta que permite sua longevidade.


Seu habitat é traduzido em imagens e sons pelo coletivo Invisible Flocks, levando os espectadores a uma viagem no tempo para um passado distante, na qual a árvore anciã já habitava os igapós da Amazônia, muito antes de qualquer um de nós estarmos habitando o planeta.

Tecnologia – Usando tecnologia de ponta, com a captura de imagens 3D scanner intercaladas com dados de mais de 100 anos de registro do pulso das águas da Bacia Amazônica, o trabalho conduz à refleção sobre os impactos humanos no planeta, já que a construção de hidrelétricas na Amazônia está levando essa importante espécie à extinção.


O vídeo arte “Iara” é um dos trabalhos apresentados no Festival Labverde: O Amanhã é Agora, evento que propõe a criação de narrativas sobre as diferentes dimensões temporais da Amazônia, à partir da união entre a arte, a ciência e os saberes tradicionais. O Festival será celebrado na primeira semana do mês de junho, em comemoração ao Dia do Meio Ambiente (5 de junho).


O projeto “Iara” foi contemplado pelo Programa Pontes, uma parceria entre o Oi Futuro e o British Council para promover novas alternativas de incentivo a residências e festivais brasileiros e à produção artística do Reino Unido no Brasil.

A parceria permitiu a construção de documentação de várias espécies antigas da Amazônia com o uso de sistema de varredura a laser, contribuindo também para produção e documentação científica no Brasil.

O vídeo arte “Iara” mostra como as árvores da Amazônia exercem funções importantíssimas para o Brasil, principalmente relacionadas à manutenção dos ciclos das chuvas em todo o Hemisfério Sul.

Para estimular uma maior reflexão e uma nova relação com esses seres incríveis, o projeto está promovendo um concurso fotográfico nas redes sociais, com prêmios em dinheiro no valor de R$ 4 mil, para documentar, mapear e divulgar as árvores brasileiras.

Sobre o Coletivo Invisible Flocks: Invisible Flocks é um premiado coletivo de artistas britânicos, cujo trabalho é focado na interseção de arte e tecnologia. Com a missão de gerar impacto positivo nas sociedades onde atuam, os artistas utilizam a tecnologia para gerar conscientização sobre conservação, mudança climática e bem-estar social.

A partir da criação de ambientes imersivos, altamente sensoriais, questionam o público a renegociar sua relação com o mundo natural. Seus trabalhos já foram apresentados na Inglaterra, Cazaquistão, Quênia, Nigéria, Indonésia, Catar, Índia e Finlândia. Convidados pelo Festival LABVERDE será a primeira vez que se apresentam no Brasil.
https://invisibleflock.com

Notícias Relacionadas

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *