Documento indica, mais uma vez, que o pedreiro agiu sozinho; não foi comprovada, a participação no crime de agremiações partidárias, facções, grupos paramilitares. Reveja vídeo da facada

O resultado parcial do segundo inquérito da PF (Polícia Federal) sobre o ataque ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) concluiu que não houve mandantes no crime. O relatório com mais de 300 páginas foi enviado à Justiça Federal nesta quarta-feira (13) e diz que Adélio Bispo de Oliveira, agiu sozinho, por iniciativa própria e sem ajuda de terceiros, tendo sido responsável tanto pelo planejamento da ação criminosa quanto por sua execução. O crime aconteceu em Juiz de Fora (MG) durante sua campanha presidencial pelo PSL em 2018.
Ainda segundo as investigações, não foi comprovada, por exemplo, a participação de agremiações partidárias, facções criminosas, grupos terroristas ou mesmo paramilitares em qualquer das fases do crime (cogitação, preparação e execução).
Apesar disto, os investigadores ainda tentam autorização judicial para fazer uma perícia no celular de Zanone Oliveira, advogado de Adélio Bispo, para colher mais informações relacionadas ao caso. O relatório apresentado à Justiça foi baseado em depoimentos, quebras de sigilo bancário, fiscal, de telefone e resultado de buscas e apreensões de documentos e diligências realizadas, além da desconstrução de diversas fake news que surgiram sobre o caso.

Foto: Reprodução
Detalhes do segundo inquérito – O segundo inquérito investigou todo o material apreendido com Adélio Bispo, como um computador portátil, aparelhos celulares e documentos. Foram analisados 2 terabytes de arquivos de imagens, 350 horas de vídeo, 600 documentos e 700 gigabytes de volume de dados de mídia, além de 1200 fotos. Ao todo, 23 laudos periciais foram elaborados, 102 pessoas entrevistadas em campo e 89 testemunhas ouvidas no inquérito. Também foram realizadas diligências de busca e apreensão, quebras de sigilos fiscais, bancários e telefônicos.
Durante a investigação, a Polícia Federal analisou ainda mais de 40 mil e-mails recebidos e enviados em contas registradas por Adélio Bispo. Vídeos e teorias sobre suposta ajuda recebida por Adélio no momento do atentado, veiculadas em redes sociais, também foram periciadas por técnicos da corporação. Nenhuma dessas apurações apontou informações relevantes.
O Planalto ainda não fez comentário sobre o novo.