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Atentado do Hamas em Jerusalém deixa mortos e feridos

Jerusalem (-), 30/11/2023.- Officials secure the area of a shooting attack at the entrance of Jerusalem, 30 November 2023. Following an attack by two Palestinian shooters, who also died on the scene, at the entrance to Jerusalem on Sderot Weizman Street in Trampiada, one of six Israeli victims was pronounced dead at the scene, while two injured succumbed to their wounds with the rest remaining in moderate condition. (Jerusalén) EFE/EPA/ABIR SULTAN

Atiradores do Hamas abriram fogo nesta quinta-feira (30) em Jerusalém, onde três pessoas morreram. Eles já tinham sido condenados e presos por acusações de terrorismo, informou o Shin Bet, a agência de segurança de Israel.

Os dois foram identificados como os irmãos Murad Namr, de 38 anos, e Ibrahim Namr, 30, ambos palestinos que viviam no bairro de Sur Baher, na Jerusalém Oriental ocupada.

Murad ficou preso de 2010 a 2020 por “planejar ataques terroristas sob a direção de elementos terroristas na Faixa de Gaza”, conforme relatado pelo Shin Bet; enquanto Ibrahim foi preso em 2014 por “atividade terrorista não revelada”.

Os dois chegaram nesta quinta-feira (30) a uma das entradas de Jerusalém por volta das 7h30 (hora local, 2h30 de Brasília) e abriram fogo com uma pistola e um fuzil M-16 contra civis, matando três deles – uma jovem de 24 anos, um homem de 73 anos e uma mulher de cerca de 60 anos – e deixando outros seis feridos, três deles em estado grave.

A polícia confirmou que os dois atiradores morreram no local depois de serem “neutralizados” por dois soldados fora de serviço e um civil armado.

– Dois terroristas armados que chegaram ao local em um veículo dispararam contra civis em um ponto de ônibus e foram neutralizados por soldados e um civil que estava nas proximidades – informou a polícia, que disse ter encontrado vários cartuchos e munições no veículo.

O ministro da Segurança Nacional, o extremista Itamar Ben Gvir, visitou o local do ataque e afirmou que “Israel deve responder ao terrorismo com pressão militar”, em uma referência à trégua em Gaza que foi prorrogada no âmbito de um acordo entre o governo israelense e o Hamas para permitir a libertação de mais reféns.

– Este tipo de incidente mostra mais uma vez que não podemos mostrar fraqueza, que só temos de falar com o Hamas através da guerra – destacou Ben Gvir, que representa a ala mais dura da extrema-direita dentro do governo, que se opõe a negociar com o Hamas.

O ataque ocorreu em um contexto muito tenso na Cisjordânia e em Jerusalém, em paralelo à guerra com Gaza.

Desde que começaram os combates na Faixa, em 7 de outubro, Israel intensificou ainda mais os seus ataques para prender “suspeitos de terrorismo” na Cisjordânia ocupada, onde pelo menos 247 palestinos morreram desde então em confrontos violentos com soldados e colonos.

A Sociedade dos Prisioneiros Palestinos afirma que Israel deteve mais de 3.200 palestinos na Cisjordânia, incluindo Jerusalém Oriental, desde 7 de outubro; enquanto as tropas israelenses reduzem esse número para cerca de 1.800, dos quais cerca de mil teriam vínculos com o Hamas.

A Cisjordânia está vivendo sua maior espiral de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005) e, em 2023, 455 palestinos já morreram, a maioria deles milicianos em confrontos armados com tropas e colonos, mas também civis, incluindo mais de cem menores.

Paralelamente, a região tem assistido à proliferação de novos grupos terroristas, que realizam cada vez mais ataques e causaram 40 mortes do lado israelense, incluindo os desta quinta, a maioria deles colonos, mas também sete militares.

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