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Banda Blue Birds faz concerto especial no Teatro Amazonas

Com um repertório recheado de músicas românticas dos anos 60, 70 e 80, nacionais e internacionais, a Banda Blue Birds realiza o concerto “As canções que você fez pra mim”, que comemora os 57 anos de existência do grupo. O evento ocorre dia 17 de junho, às 20h, no Teatro Amazonas, com entrada franca.

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Apesar da entrada gratuita, a banda solicita que, se possível, os espectadores levem 2kg de alimento não-perecível, que será doado ao Instituto Filippo Smaldone, responsável pela educação de crianças surdas no bairro Campos Elísios, Zona Centro-Oeste de Manaus.

O evento, além de ser importante para a história do grupo, também reunirá grandes nomes da música nacional, segundo o guitarrista Beto Sá Gomes.

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“A Banda Blue Birds é formada por 15 músicos e mais dois convidados especiais que participam do concerto. O cantor e tecladista Felício, o compositor, cantor e guitarrista Wandler Cunha que vem de Brasília e os músicos Wandinho e Dudú Brasil, que prestigiarão nosso aniversário”, destacou o lendário guitarrista.

História da Banda Blue Birds

A história da Banda Blue Birds iniciou em 1967, quando Lúcio Hernani, vindo de suas férias escolares de Fortaleza, em meados de agosto de 1966, tinha a ideia de criar uma banda de iê, iê, iê, já que tinha visto várias nas suas férias.

Hernani contagiou seu irmão João Bosco com a ideia, o qual, de prontidão, aceitou e partiram para convidar o resto do pessoal. Primeiramente contataram José Chain, que morava perto de sua casa, e como estudavam no Colégio Estadual, ficou mais fácil o convite, que o mesmo logo aceitou. Em seguida, convidaram Antônio Chauvin (Cacau), que tocava guitarra e o mesmo também aceitou. Logo depois, convidaram Ananias Góes, pois sabiam que era um excelente solista e passou a fazer parte da ideia.

Com a equipe quase completa, faltava um maestro para conduzir os arranjos da banda. Convidaram então, José Dibo, excelente músico e arranjador que passou a fazer os arranjos das músicas e montar um repertório. Na bateria, Irandir recebeu o convite e aceitou a proposta. Para integrar instrumentos e atuar como técnico de som, Wagner Costa, que consertava aparelhos eletrônicos com seu pai, se juntou ao grupo.

Segundo Beto, todos esses acontecimentos se deram pelo início do ano de 1967, para que em 17 de junho desse ano, a banda fizesse sua primeira apresentação na SAGA (Sociedade Atlética Guarda de Aparecida), clube dos Padres Redentoristas do bairro de Aparecida.

A entrada de Beto na banda veio anos depois, onde a experiência de integrar o grupo trouxe novas perspectivas para sua vida profissional.

“Após minha entrada na banda, em agosto de 1970, quando toquei o primeiro baile na boate Moranguinho, no Ideal Clube, passei a fazer planos para o meu futuro como músico. Uma vez que com as primeiras apresentações da banda, deslumbrei a possibilidade financeira para realizar meu projeto de vida como músico em Manaus, pois os cachês cobrados pelos empresários eram bastantes altos e conseguíamos além dos cachês, comprar os equipamentos e pagar as despesas operacionais com transporte e jacaré (holder)”, relembrou o guitarrista.

Além de contribuir com o setor cultural da capital amazonense, a Banda Blue Birds também foi essencial para a promoção de eventos filantrópicos, como evidencia Beto Sá.

“A banda participou do desenvolvimento da economia da música no Amazonas, já inserida no contexto da nova realidade econômica do Amazonas, com o advento da Zona Franca de Manaus, em 1967. Vale apenas ressaltar na história da Banda, sua contribuição para as promoções de caráter filantrópico e de formação intelectual dos músicos que participaram nestes anos. Desde as primeiras formações, por ocasião das comemorações dos aniversários, era acordado entre os componentes que parte da renda do evento seria destinado a uma instituição filantrópica da cidade, com isso, nossa contribuição ajudava a manutenção dessas entidades através da ajuda financeira para que elas utilizassem da melhor maneira que a instituição achasse naquele momento”, finalizou.

Atualmente, a banda é composta pelos seguintes músicos: Bernardo, Rosanei, Luciana, Chico Carlos, Paulo Sadi, Beto, Jonaci, Paulo, André, Luiz, Juliana, Wandler e Felício.

Em fevereiro de 2018, o grupo recebeu o título de Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial, em cerimônia realizada no Teatro Amazonas.

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