
A Base Fluvial Arpão completa seu primeiro mês de atuação em Coari (a 363 quilômetros de Manaus) com um balanço de atividades que provocou uma baixa significativa no crime organizado, principalmente, o tráfico de drogas na região do Rio Solimões.
Nesse período, os policiais embarcados na base prenderam 27 pessoas, três adolescentes e realizaram apreensões de entorpecentes e produtos de crimes ambientais como pescado ilegal que totalizam prejuízo de mais de R$ 4,2 milhões aos criminosos.
Cerca de 200 kg de drogas, entre maconha e cocaína, foram apreeendidas de traficantes e 8,3 toneladas de carnes de caça de animais ameaçados de extinção e protegidos por lei, como pirarucu e jacaré de pescadores ilegais, que renderam R$ 676 mil em multas aplicadas por crimes ambientais.
A base funciona emum navio com efetivo de policiais civis entre delegados, investigadores e escrivães, militares dos batalhões especializados da Polícia Militar do Amazonas, Polícia Federal, perícia criminal, Corpo de Bombeiros, Força Nacional e servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
“Os resultados estão sendo excelentes, com prejuízo para o crime, armas apreendidas, drogas e pessoas presas. A população de Coari e de todo o Amazonas está sendo beneficiada com esse combate ao narcotráfico”, avalia o secretário de Segurança do Amazonas, Lousmar Bonates.
O cerco da polícia ao tráfico de drogas é feito com operações diárias, 24 horas em revistas e abordagens a embarcações que navegam pelo Rio Solimões vindas da fronteira do Brasil com o Peru e a Colômbia, países produtores de cocaína e maconhas. Os policiais utilizam cães farejadores, além de mergulhadores que verificam o casco das embarcações.
“Nós fazemos a revista em toda a embarcação, incluindo porões e todos os passageiros. A gente verifica as cargas, enquanto o cão passa nas bagagens. Temos os mergulhadores que vão por baixo da embarcação verificar se tem alguma coisa ilícita, se foi colocado algo ali”, informa o comandante das operações, o major PM, Marcelo Cruz.
Para o comandante do 5º Batalhão de Polícia Militar de Coari (5ºBPM), tenente-coronel Pedro Moreira, o policiamento especializado da Base Arpão tem ajudado no combate a criminalidade.
“A presença aqui da Base Arpão vai nos ajudar no combate ao tráfico de drogas na cidade. Eu tenho visitado diversas comunidades, e é nítida a sensação de segurança que os ribeirinhos demonstram, inclusive com tranquilidade de navegar à noite, o que era uma situação muito difícil para eles, pois não sabiam se iriam voltar para casa. Hoje eles já comentam que podem transitar à noite, que podem sair para pescar”, explicou.
Integração – Criada pela SSP-AM, a Base Arpão atua de forma integrada com efetivos das Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Federal, Força Nacional, Secretaria de Operações Integradas (Seopi), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e Ibama.
A ação ocorre em conjunto com a Operação “Hórus”, do Programa Nacional de Segurança de Fronteiras e Divisas (Vigia), do Ministério da Justiça.
A população pode contribuir com as ações por meio de denúncias anônimas ao 181, o disque-denúncia da SSP-AM. O serviço funciona 24 horas por dia em todo o estado.
Balanço Base Arpão:
• Prisões: 27 adultos e três adolescentes
• Crimes mais comuns: tráfico de drogas e crime ambiental
• Drogas apreendidas: 200,7 quilos
• Multas: R$ 676 mil
• Armas de fogo: 6
• Dinheiro em espécie: R$ 46,7 mil
• Prejuízo ao crime: R$ 4,2 milhões
• Outros materiais: 8 toneladas de pirarucu, 300 quilos de carne de jacaré, 3,2 quilos de carne de veado, 6,3 quilos de carne de paca, 22,5 quilos de pirarucu, 7,6 mil comprimidos de remédio abortivo, 172 ovos de tracajá, cinco quelônios, uma draga, 40m³ de areia e cinco embarcações


