Na madrugada deste domingo, um grupo de cerca de 12 indígenas da etnia pemón, liderados por um oficial desertor das Forças Armada venezuelana, atacou uma base de infantaria na região de Gran Sabana, no estado de Bolívar, que faz fronteira com o Brasil. Além das armas eles levaram um caminhão e fizeram um refém. Depois atacaram dois postos policiais na região, onde roubaram mais armas antes de tentar atacar mais uma guarnição militar, desta vez sem sucesso. O ministro da Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, acusou o Brasil de dar apoio a um grupo responsável pelos ataques.
Rodríguez revelou que seis pessoas foram detidas e que algumas armas foram recuperadas: 83 fuzis AK-103, 60 granadas, um lançador de foguetes, uma bazuca, uma metralhadora e seis caixas de munição. Há uma operação em andamento para tentar capturar os demais responsáveis e reaver o armamento. Ao todo foram levados 112 fuzis, 120 granadas, três lançadores de foguetes, três metralhadoras, dez bazucas e dez caixas de munição.
Na cidade de Luepa houve confronto com civis e militares, resultando na morte do soldado. Há relatos de que pelo menos um sargento tenha sido levado como refém. Segundo o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, a ação foi realizada por “setores extremistas da oposição”.
No começo da noite, o chaneler Jorge Arreaza foi ao Twitter afirmar que o grupo está baseado no Peru, entrando pela Colômbia e recebendo apoio do Brasil. Para ele, se trata de uma “estratégia golpista do Grupo de Lima para produzir violência, morte e desestabilização política na Venezuela”.
Até agora nenhum grupo assumiu a autoria do ataque de domingo. O Palácio do Planalto disse que não vai comentar as acusações de Jorge Rodríguez e o Itamaraty ainda não se pronunciou.