No primeiro ensaio técnico de arena realizado nessa terça-feira (18), o Boi Caprichoso mostrou aos torcedores que compareceram no curral Zeca Xibelão, situado no bairro Centro, em Parintins (distante 369 quilômetros em linha reta de Manaus) parte do que será apresentado nas três noites de festival com o tema “Cultura – O Triunfo do Povo”.
O presidente Rossy Amoedo disse que a avaliação começa nos ensaios técnicos.
“A avaliação começa agora. O ensaio técnico é justamente para isso: para medir tempo, vibração da toada e coreografia. É um termômetro que o Caprichoso vai levar para arena. O Caprichoso está 100% pronto. Agora é só ajuste fino. Ajeitar, alinhar e corrigir uns detalhes. E vamos embora!”, declarou Rossy Amoedo, que a todo momento estava atento ao que era executado.
Ericky Nakanome, presidente do conselho de arte do Boi Caprichoso, frisou que o torcedor pode vir confiante. “Vem para Parintins e vem brincar com a gente. Vem confiante na vitória de um Boi que se preparou muito para esse título e vem se preparando há três anos. E que agora a gente pare com muito cuidado, carinho e atenção. A gente vem polindo e dando os últimos retoques”, disse.
Vestido Cid
A sinhazinha da fazenda, Valentina Cid, homenageou a própria mãe, Karina Cid, ex-sinhazinha do Boi Caprichoso, ao usar um vestido utilizado por Karina no ano de 1993.
“É maravilho e muito emocionante poder representar o item sinhazinha da fazenda, em que minha mãe representou por muitos anos. Ela é uma inspiração no item. Fico muito feliz e muito grata de poder representar todo esse legado”, disse Valentina
Valentina destaca o legado deixado por Karina no boi Caprichoso. “Ela é mais que minha mãe, ela deixou história e legado no Boi Caprichoso e isso vai perpetuar para o todo sempre. Quero ser que nem ela, para um dia colocar e meu legado no boi Caprichoso. Amanhã é uma indumentária ainda melhor que essa. Eu comecei com esses vestidos antigos e assim vão seguindo até a passagem de som no Bumbódromo”, frisou.
Apoteose
O ensaio técnico começou com o amo do boi, Prince do Caprichoso. A toada Kananciuê, de 1995, em forma instrumental dá o tom do inicio. O apresentador Edmundo Oran começa a declamar o prólogo do espetáculo e um baião nordestino assume a musicalidade do lugar. Para em seguida começar a introdução da toada-tema “Cultura – O Triunfo do Povo”. Após o marujeiro Bacurí iniciar a festa, o levantador de toadas Patrick Araújo começa a cantar.
Mothokari, de Ronaldo Barbosa, foi executada e o pajé Erick Beltrão trouxe a cura para a tribo dos filhos de Omama.
A toada “Ê, Parente” anuncia a apoteose do primeiro ensaio técnico de arena do boi Caprichoso. No refrão que “faz o contrário calar” o silêncio no curral Zeca Xiibelão ganha tom provocativo. E o público toma conta do curral e se juntam aos itens individuais e ao corpo de dança.
