
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF) os extratos bancários dos quatro anos em que ele esteve à frente da Presidência da República. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Bolsonaro e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).
O pedido foi feito pela Polícia Federal (PF) nas investigações do esquema de vendas de joias presenteadas a autoridades públicas brasileiras. Além do casal, foi autorizada a quebra de sigilo do ex-ajudante de ordens Mauro Cid e do general da reserva Mauro César Lourena Cid, pai do tenente-coronel.
“Nos últimos dias, os veículos de comunicação noticiaram acerca de suposta determinação de quebra de seu sigilo bancário, em inquérito policial que sequer teve acesso até a presente data. Em que pese a ausência de qualquer intimação que permitisse a confirmação de tal determinação, o peticionário comparece de forma espontânea aos presentes autos, para apresentar seus extratos bancários, do período em que atuou como Presidente da República”, afirma a petição assinada pelos advogados Paulo Cunha Bueno e Daniel Tesser.
A defesa também requisitou sigilo dos dados nos autos. “Considerando o teor dos documentos ora apresentados, requer a decretação do sigilo da presente petição e seus anexos. Não obstante, informa que está à disposição da justiça para quaisquer esclarecimentos acerca de sua movimentação bancária.”
Entre os dados que estão nos extratos, constam vendas de automóvel e jet-ski e ressarcimento de despesas com saúde. O documento ainda destaca que, durante todo seu mandato, Bolsonaro teria sido “fiel aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade e publicidade, pilares constitucionais que pavimentam a administração pública”, diz o documento.