Em uma agenda pública em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro reproduziu uma teoria conspiratória das redes sociais para defender o ministro da Justiça, Sergio Moro, acusando o ex-deputado Jean Wyllys (PSOL) de ter vendido o seu mandato

O presidente Jair Bolsonaro, cumprimenta populares e posa para fotos
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
De acordo com Bolsonaro, Wyllys renunciou ao seu mandato em benefício a David Miranda (PSOL-RJ), em troca de uma espécie de mesada. Miranda é marido do jornalista americano Glenn Greenwald, do The Intercept Brasil, que vem divulgando conversas de Moro com a Força-Tarefa da Operação Lava Jato.
“Esse pessoal daquele casal né, aquele casal lá, um deles esteve detido na Inglaterra há pouco tempo por espionagem, o outro aqui tem suspeita de vender o mandato, e a outra menina, namorada de outro, que tá lá fora do Brasil. É uma trama”, afirmou o presidente.
A tese da venda de mandato circula há meses nas redes sociais, sem qualquer prova. No fim de semana, um perfil anônimo surgiu e rapidamente desapareceu do Twitter, reproduzindo o que seriam “provas” de pagamentos de Miranda e Greenwald em bitcoins para Wyllys.
Também nesta semana, durante a entrevista com Moro em seu programa, o apresentador Ratinho reproduziu uma suposta conspiração envolvendo Wyllys. O ex-deputado, que deixou o país após seguidas ameaças, afirmou que processará o apresentador. Ele também criticou Bolsonaro por suas afirmações.