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Bolsonaro para Moraes: “…ou se enquadra ou pede pra sair”

O Brasil se vestiu de verde e amarelo para celebrar os 199 anos de Independência, neste 7 de Setembro em todo o país

Multidão na Avenida Paulista para acompanhar o discurso de Jair Bolsonaro no 7 de setembro

O Brasil celebrou mais um aniversário com os brasileiros nas ruas vestidos de verde e amarelo e com atos públicos em todos os estados a favor e contra o atual governo do presidente Jair Bolsonaro, neste 7 de Setembro. Em Manaus, durante todo o dia carreatas e eventos movimentaram a capital amazonense. No final da tarde está marcada uma grande mobilização na Praia da Ponta Negra.

Uma carreata promovida por caminhoneiros percorreu pela manhã as principais vias da capital do Amazonas. Os caminhoneiros saiu da Avenida Torquato Tapajós, na Zona Norte da cidade, em direção a Ponta Negra, na zona oeste. No meio do percurso, pararam em frente ao Comando Militar da Amazônia (CMA) e cantaram o hina e pararam o trânsito na Avenida Coronel Teixeira.

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Já na capial federal, desde o início da noite de ontem (6) caravanas começaram a chegar vindas de outros estados para a programação do Dia da Independência, que teve o encerramento na Esplanada do Ministério com um discurso do prsidente Bolsonaro, na anhã desta terça-feira (7).

7 de setembro: Bolsonaro incita contra o STF em discurso durante ato em  Brasília
Bolsonaro em Brasília, na manhã deste 7 de Setembro

Após a cerimônia no Distrito Federal, o presidente viajou para São Paulo, onde almoçou no hotel de trânsito do Exército e foi para a Avenida Paulista. Lá, ele foi recebido por uma multidão que ocupava toda a principal via paulistana.

Bolsonaro subiu o tom e escolheu como alvo o Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal e Luís Barroso, presidente do Tribunal Superior Eleitoral. 

“Não vamos mais admitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa constitução. Ele teve toda as oportunidades para agir com respeito para todos nós, mas não agiu dessa maneira como continua não agindo”, disse. “Ou o ministro se enquadra ou ele pede para sair”, disparou o presidente.

Ele ainda chegou a chamar Alexandre de Moraes de canalha, ao relembrar das prisões decretadas pelo juiz no âmbito do inquérito das fake news, que apura ameaças contra a Corte. 

“Tenho apoio de vocês. Enquanto vocês estiverem ao meu lado estarei sendo o porta-voz de vocês. Não existe satisfação maior do que estar no meio de vocês. Podem ter certeza, onde vocês estiverem eu estarei. Cumprimento patriotas que estão em todos os lugares desse Brasil hoje se manifestando por liberdade. O povo acordou”, discursou. 

Ele ainda relembrou o debate sobre o voto impresso e a segurança das urnas eletrônicas, no qual foi derrotado em votação do próprio Congresso. Bolsonaro, porém, culpou indiretamente o ministro Barroso como o responsável pela derrota de uma das principais bandeiras.

“Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece qualquer segurança nas eleições. Não é uma pessoa do TSE que vai nos dizer que esse processo é seguro e confiável. Não podemos admitir um ministro do TSE usando a sua caneta desmonetizar páginas que critica esse sistema de votação. Nós queremos umas eleições limpas, democráticas, com voto auditável e contagem pública desses votos.”

Bolsonaro ainda saudou os milhares de manifestantes presentes na Paulista.” O que incomoda alguns em Brasilia é que nós realmente começamos a mudar o Brasil. Nós colocaremos o Brasil no lugar que ele merece. Temos uma pátria que ninguém tem”, afirmou. “O apoio de vocês é primordia, é indispensável para seguir adiante.”

Conselho da República

Ele afirmou que haverá na quarta-feira uma reunião do Conselho da República, com presença dos presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, além de Fux.

O Conselho da República é regulado pela Lei 8.041/1990 e é um órgão superior de consulta do presidente da República, reunido por convocação do chefe do Executivo.

A esse colegiado cabe pronunciar-se sobre intervenção federal, estado de defesa, estado de sítio ou “questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas”.

O Conselho é presidido pelo presidente da República e dele também participam o vice-presidente, os presidentes da Câmara e do Senado, os líderes da maioria e da minoria de ambas as Casas, o ministro da Justiça e seis cidadãos brasileiros natos com mais de 35 anos (Presidência, Câmara e Senado nomeiam cada um dois cidadãos).

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