Presidente promete reduzir em 37% emissões de carbono até 2025 e acabar com o desmatamento ilegal na floresta amazônica até 2030

O presidente Jair Bolsonaro declarou nesta quinta-feira (22) que “é fundamental” que países, empresas, entidades e pessoas auxiliem o Brasil no desenvolvimento da Amazônia. A declaração foi dada durante a Cúpula do Clima.
Bolsonaro citou que a Amazônia vive um “paradoxo” porque a região é a mais rica do país em recursos naturais, mas apresenta os piores índices de desenvolvimento urbano. Esse paradoxo, na visão do presidente, é um passo importante para que a região se desenvolva, beneficiando os 23 milhões de habitantes.
Em cúpula do clima, Bolsonaro promete neutralidade climática até 2050
Para Bolsonaro, o problema será resolvido com a cooperação de países. “Diante da magnitude dos obstáculos, inclusive financeiros, é fundamental contar com a contribuição de países, empresas, entidades e pessoas dispostas a atuar de maneira imediata, real e construtiva na solução desses problemas”.
Compromisso – Além disso, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) reafirmou, em seu discurso os compromissos assumidos em carta enviada ao presidente norte-americano Joe Biden. Entre eles, o de zerar o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.
Bolsonaro afirmou que o Brasil está na vanguarda do enfrentamento ambiental. Ele disse que o problema está na queima de combustíveis fosséis nos últimos anos e que o país contribuiu com menos de 3% das emissões de carbono anuais.
Ele disse também que o Brasil é pioneiro na difusão de combustíveis renováveis, como o etanol, que a geração de energia é uma das mais limpas do mundo. “Temos orgulho de preservar 84% do nosso bioma amazônico e 12% da água doce da Terra.”
O presidente brasileiro prometeu redução de 37% nas emissões até 2025 e 43% até 2030. “Determinei que nossa neutralidade seja obtida até 2050.” Ele prometeu eliminar o desmatamento ilegal até 2030. “Com isso reduziremos em quase 50% nossas emissões até essa data.”
Bolsonaro afirmou também que determinou o fortalecimento dos órgãos ambientas apesar da falta de recursos financeiros. O brasileiro também destacou a importância da ajuda com recursos de outros países para que o Brasil consiga atingir seus objetivos. “Estamos, reitero, abertos à cooperação internacional.”
O evento mundial marca o retorno dos Estados Unidos à primeira linha do combate às mudanças climáticas, depois de o governo de Donald Trump abandonar o Acordo de Paris sobre o clima.
A reunião acontece em meio a pressões internas e externas sobre a política ambiental brasileira e protestos contra o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, na internet. ONGs e artistas pedem que os EUA não repassem recursos ao Brasil se o país não se comprometer com a questão climática.
Participam da reunião 40 mandatários, como Xi Jinping (China), Emmanuel Macron (França), Angela Merkel (Alemanha), Boris Johnson (Reino Unido) e Vladimir Putin (Rússia), entre outros.