‘Onde estão os senadores? Estão só preocupados com a CPI”, diz Bolsonaro, indagando Omar e Braga ao citar ataques em Manaus – os dois são membros da CPI da Covid que investiga irregularidades na pandemia.
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cobrou nesta segunda-feira (7) ao falar com apoiadores no cercadinho do Palácio da Alvoradas – um posicionamento dos dois senadores do Amazonas na CPI da Covid, Omar Aziz (PSD) e Eduardo Braga (MDB), sobre os recentes ataques criminosos ocorridos em Manaus. O registro foi feito pelo canal Foco do Brasil, no YouTube.
“Nós estamos tendo um problema em Manaus. Acabou falecendo um chefe do tráfico e o pessoal está reagindo a isso aí. Eu quero saber onde estão os senadores Omar Aziz e Eduardo Braga. Eles não são do Amazonas? Não cuidam do interesse do estado? Estou aguardando o posicionamento deles, já que está tudo bem lá. Estão só preocupados com a CPI”, disse Bolsonaro.
Aziz, que preside a CPI da Covid e foi governador e secretário de Segurança Pública do Amazonas, se pronunciou na noite de ontem sobre os ataques ocorridos na capital amazonense. Em vídeo, o senador do PSD elogiou o trabalho dos policiais militares e civis no combate ao crime organizado — “são homens e mulheres valorosos” — e pediu ajuda do governo federal no combate aos episódios de violência em Manaus.
“É necessário unirmos forças nesse momento. O governador (Wilson Lima, do PSC) precisa pedir a Força Nacional. Tem que conversar com o Comando Militar na Amazônia para dar segurança à população em Manaus. Não se pode viver no terror”, cobrou.
Já Braga se pronunciou hoje pela manhã, logo após a veiculação da fala de Bolsonaro no canal Foco do Brasil, fazendo uma reflexão sobre o papel do Estado no combate ao crime. Em uma série de tuítes, o senador do MDB disse que, de início, para combater a criminalidade, deve-se agir de forma “organizada” e com “inteligência”, valorizando os profissionais de segurança pública.
“E mais do que isso! É preciso investir na juventude, com esporte, emprego e lazer para que não caiam no crime”, afirmou, citando uma série de projetos da época em que governava o estado. “O que está sendo feito para prevenir e evitar que a juventude caia no crime?”, indagou.