
O presidente Jair Bolsonaro (PL) expôs uma série de dados sobre a corrupção do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), entre elas o custeio de obras no exterior envolvendo construtoras brasileiras.
O candidato à reeleição exemplificou a construção de um metrô na Venezuela com dinheiro brasileiro enquanto que Belo Horizonte, a capital de Minas Gerais, não tem metrô.
– Por que a Venezuela tem metrô e Belo Horizonte não tem metrô? Você entregou 1,6 bilhão para seus amigos Chaves e Maduro, fizeram metrô lá fora e não tem metrô aqui no Brasil. E parte desta grana teria voltado para cá? – declarou.
Bolsonaro pediu ainda para que o petista não culpe a Operação Lava Jato pelo maior esquema de corrupção da história do país, pois “a responsabilidade da corrupção no país” é de Lula.
Saiba mais
O governo do PT liberou R$ 2,2 bi para metrôs da Odebrecht na Venezuela; após 10 anos, obras estão pela metade. Depois de oito anos de trabalho e pelo menos três de atraso, no dia 4 de novembro de 2015 foram inauguradas as duas primeiras de nove estações previstas da linha 5 do metrô de Caracas, na Venezuela.
“Missão cumprida, obra maravilhosa”, afirmou na cerimônia de entrega o presidente Nicolás Maduro, sobre o projeto que começou com seu antecessor, Hugo Chávez. Maduro foi acusado por executivos da Odebrecht de ter recebido US$ 35 milhões em propina.
O Brasil pagou à Odebrecht o equivalente a US$ 690,725 milhões no câmbio referentes a dois empréstimos tomados pelo governo da Venezuela junto ao BNDES, para as obras de expansão do metrô da capital, tocadas por um consórcio liderado pela construtora brasileira.
Apesar disso, as duas obras – construções da linha 5 do metrô de Caracas e da linha 2 do metrô de Los Teques (na região metropolitana da capital venezuelana) – estão paradas desde 2015 e com apenas pouco mais da metade dos trabalhos concluídos. Não há previsão de entrega do projeto.


