
Polícia Federal concluiu, nesta sexta-feira (19), que o ex-presidente Jair Bolsonaro, preso na Superintendência da PF, em Brasília, necessita de uma cirurgia para tratamento de uma hérnia inguinal bilateral. A perícia médica foi realizada pelo Instituto Nacional de Criminalística e encaminhada a Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a realização do procedimento eletivo.
Moraes acolheu o parecer técnico e determinou que a defesa informe a programação e a data pretendida para a cirurgia. Após essa manifestação, o caso será encaminhado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que terá 24 horas para se pronunciar.
“Diante do exposto, essa Junta Médica pericial conclui que o periciado Jair Messias Bolsonaro é portador de hérnia inguinal bilateral que necessita reparo cirúrgico em caráter eletivo”, aponta o resultado da perícia.
“Não há descrição de encarceramento ou estrangulamento da(s) hérnia(s) em nenhum momento, inclusive até a realização da presente perícia”, diz o relatório.
O documento indica que houve “piora progressiva” do quadro de hérnia de Bolsonaro, provavelmente causado pelo “aumento da pressão intraabdominal decorrente dos soluços e da tosse crônica”.
“O periciando vem se queixando de soluços frequentes e de desconforto inguinal. Em 16/08/2025, o exame tomográfico do abdome não havia detectado alterações herniárias na parede abdominal. Em 07/11/2025 foi descrito em relatório o quadro de hérnia inguinal unilateral, realizado clinicamente, e que se manteve no relatório de 09/12/2025. A ultrassonografia de 14/12/2025 e o exame físico realizado por esses peritos signatários confirmaram o diagnóstico de hérnia inguinal bilateral”, diz o documento assinado pelos peritos.


