
O presidente Jair Bolsonaro criticou nesta segunda-feira a TV Escola, que teve descontinuado o contrato de gestão pelo Ministério da Educação (MEC). Ao deixar o Palácio da Alvorada, Bolsonaro disse que a emissora propaga ideologia de gênero e é “totalmente de esquerda” em sua programação. Ele também chamou o educador Paulo Freire de “energúmeno”.
“Queriam renovar o contrato da TV Escola, 300 milhões “, disse Bolsonaro. “Dinheiro jogado fora.” Bolsonaro defendeu-se ainda de críticas da classe artística sobre sua gestão na área cultural, que teve diversas nomeações polêmicas em sua gestão. “Dizem que eu quero acabar com a cultura”, afirmou Bolsonaro. “Esse tipo de cultura vai acabar mesmo.”
Neste ano, segundo informações do site de notícias G1, o valor do contrato entre a Associação Roquette Pinto (ARP), que gerencia o canal, e o MEC era variável. O custo previsto para 2019 foi de R$ 70 milhões, mas foi reduzido a R$ 42 milhões após revisão do MEC.
Na última semana, a emissora passou a transmitir uma série sobre a história do Brasil com visão revisionista, ideológica de direita e conservadora, com entrevistas do escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo.
Na última semana, a emissora passou a transmitir uma série sobre a história do Brasil com visão revisionista, ideológica de direita e conservadora, com entrevistas do escritor Olavo de Carvalho, guru do bolsonarismo.
A TV Escola existe desde 1995 com conteúdo educacional voltado para professores e estudantes. A emissora é responsável, por exemplo, pela transmissão da Hora do Enem, com conteúdo de preparação para o exame.