Um trecho da rodovia federal BR-174, que liga o Amazonas a Roraima, desmoronou na segunda-feira (25), após a forte chuva que atingiu a região. Um lado da pista está interditado.
O problema ocorreu no KM 1.045. A passagem de veículos está sendo feita apenas por uma lado da pista.
Uma equipe da Polícia Rodoviária Federal esteve no local para realizar a sinalização e orientar os motoristas que trafegam na região.
Trechos da BR-174 estão entre os mais perigosos e mortais do Amazonas
A BR-174, que liga o Amazonas a Roraima, tem trechos considerados os mais perigosos e mortais do Estado, conforme dados do Viagem Segura – Guia CNT de Segurança nas Rodovias 2024, realizado pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgado na última quarta-feira, 13. A pesquisa é referente a novembro de 2022 e outubro de 2023.
Em pesquisa anterior divulgada pela CNT em novembro, o trecho entre Presidente Figueiredo e Borba já era considerado o pior do País.
O Ministério dos Transportes assinou três ordens de serviços para obras de recuperação na BR-174 em maio deste ano. No entanto, as obras de melhoria no trecho que fica no território amazonense estão sendo feitas com lentidão.
No Brasil, foram registrados 66.508 acidentes nas rodovias federais neste período. As ocorrências deixaram 5.520 mortos, média de oito óbitos a cada 100 acidentes. Ficaram feridas 76.677 pessoas.
A BR-101 foi a rodovia que registrou mais acidentes no País, com 11.337 ocorrências. Enquanto a BR-116 foi a rodovia que registrou mais mortes, com 752 casos no período, no Amazonas, foram registrados 112 acidentes nas rodovias federais, com nove óbitos.
O trecho que registrou o maior número de acidentes no Estado é da BR-230, entre o quilômetro 610 e 620. Em um espaço de 10 quilômetros da via, foram registrados 14 acidentes que resultaram em uma morte.
Em relação ao número de mortes, quatro trechos da BR-174 foram os mais mortais do Amazonas para o período. Entre o quilômetro 910 e o quilômetro 1.090 foram registradas quatro mortes em 11 acidentes.
Outros dados
A colisão é o tipo mais recorrente de acidente no Amazonas, com um total de 52 (46,4%), ocasionando duas (22,2%) mortes. Em seguida vem a saída de pista, com 30 (26,8%) ocorrências e três vítimas, e os capotamentos ou tombamentos, que juntos somaram 12 (11,1%) acidentes e um (11,1%) óbito.
Reação tardia ou ineficiente do condutor é a causa mais recorrente, com um total de 19 acidentes (17% do total). Velocidade incompatível é a causa de mortes em acidentes mais recorrentes, com um total de 103 ocorrências (14,5% do total). Pedestre andando na via e transitar na contramão são as causas de mortes em acidentes mais recorrentes, com um total de duas ocorrências (22,2%) cada uma.
No Estado, 78,7% da extensão das rodovias apresentam algum tipo de problema, sendo 70,6% da extensão no pavimento, 75,3% de sinalização e 80,5% têm deficiência na geometria da via. Ao todo, a malha pesquisada soma 403 pontos críticos.
Nesse contexto de riscos, a CNT recomenda que antes de partir, se planeje a viagem e faça a manutenção do veículo. “Na estrada, deve-se estar sempre atento à via e aos demais usuários, com especial cuidado em relação aos pedestres e ciclistas. As ultrapassagens devem sempre ser feitas em segurança, respeitando a sinalização. Exige-se atenção redobrada do motorista nos períodos noturno e de mau tempo, quando há piores condições de visibilidade. E, ainda, nos finais de semana e em feriados, quando os acidentes ocorrem em maior número”, informa.
A CNT destaca como muito importante, também, fazer paradas periódicas para descanso em locais seguros e dar preferência a refeições leves, para não correr o risco de dormir ao volante. “E nunca, sob qualquer hipótese, conduzir sob efeito de bebidas alcoólicas ou outras substâncias que alterem a percepção e o comportamento do motorista”.