
Foi realizada nesta terça-feira (16) a 3ª audiência pública do Grupo de Trabalho (GT) da BR-319, no auditório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), em Porto Velho, com o objetivo discutir de apresentar estudos que viabilizem a construção da infraestrutura da rodovia que liga a capital de Rondônia a Manaus, levando em consideração características importantes, como os impactos socioambientais e a segurança viária.
A audiência foi liderada por representantes do Governo Federal que compõem o GT, criado através da Portaria nº 1.109/2023, do Ministério dos Transportes, que foi representado pelo secretário-executivo, George Santoro; a secretária Nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse; o subsecretário de Sustentabilidade, Cloves Benevides; e o diretor-executivo do DNIT, Carlos Barros.
O encontro contou com a presença do coordenador geral do Crea-RO, Eng. Civil Sigmar da Cruz, e do gerente de fiscalização do Crea Rondônia, Leandro Topan, representando o Conselho.
O Secretário-Executivo do Ministério do Transporte, George Santoro, acompanhado por membros do grupo de trabalho da pasta, apresentou à comunidade local os principais pontos da proposta para pavimentar a rodovia.
Durante a audiência, Santoro destacou o compromisso com a qualidade das rodovias, anunciando um índice de 83% de boa qualidade na BR-319 em Rondônia, o melhor desde 2016.
A legislação ambiental e a sustentabilidade foram temas centrais, com ênfase na conciliação entre as necessidades da população e as questões econômicas. Santoro ressaltou que as obras são planejadas considerando o período de chuvas na região norte, que se estende por seis a sete meses.
“A região norte tem um período de chuva. Isso é normal, natural e as obras são planejadas para enfrentar essa situação”, destacou o secretario -executivo.

A presença dos representantes do CREA foi destacada durante a audiência. A equipe do DNIT, incluindo o subsecretário de sustentabilidade Clóvis Benevides e o superintendente André Santos, recebeu agradecimentos pelo comprometimento.
Durante as discussões, o sindicalista Antônio Carlos da Silva, conhecido como Da Silva, representando o Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário do Estado de Rondônia – SINTTRAR, explanou sobre a realização da audiência e destacou a importância de dar voz aos trabalhadores do transporte rodoviário. “Queremos que sejam ouvidos os trabalhadores dos transportes, pois somos nós que estaremos na estrada levando o progresso”.
O sindicalista ressaltou a relevância de incluir as perspectivas e preocupações dos profissionais que atuam nas rodovias, reforçando a importância de considerar as condições de trabalho e a segurança dos motoristas durante o planejamento das obras.
O Secretário anunciou que o superintendente do Amazonas, Orlando Fanaia Machado, e sua equipe percorreriam a BR-319 durante o período de chuvas, cumprindo um compromisso assumido. A reunião encerra uma série de encontros iniciados em Brasília e Manaus, apresentando a abordagem colaborativa do grupo de trabalho.
Também participaram representantes do Governo de Rondônia; deputados federais e estaduais de Rondônia; o Exército; a Polícia Rodoviária Federal; sindicatos de trabalhadores de Rondônia e do Amazonas; associações indígenas; empresários e imprensa.
O prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, foi representado na reunião pelo secretário Geral, Fabricio Jurado. Ele ressaltou que a pavimentação da BR-319 é uma questão de saúde publica e que ela já existe deste os anos 70.
“É bom lembrar a população que nós não estamos tratando da construção de uma nova rodovia, mas sim a reconstrução de uma rodovia que já existe desde a década de 70, que foi toda pavimentada, concluída em 1976. Nós sofremos muito com a 319 na época do inverno amazônico, já que a rodovia fica totalmente intransitável, então deixamos de transportar produtos. Nós sofremos também na época da pandemia, com a dificuldade de levar o oxigênio para aquelas pessoas que estavam morrendo. Ano passado, que nós tivemos também uma grande seca do Rio Madeira, nós sofremos com o desabastecimento de combustível e de alimentos. Trata-se também de saúde pública para levar qualidade de vida para toda essa população, que envolve quase 8 milhões de habitantes, dos estados de Rondônia, Acre, Amazonas e de Roraima”, destacou.